Enfim, Madri! Lá estávamos eu, o Élcio e a Clarice. Barcelona havia dado o tom da nossa viagem pela Europa, então era a vez da capital da Espanha confirmar que aquele país é um dos melhores lugares do mundo para se visitar. E o fez majestosamente! A jovialidade, o exotismo e o astral litorâneo de Barcelona foram substituídos pela tradição, pelo classicismo e pela sobriedade de Madri. Nessa breve – porém inevitável – comparação, eu diria que são duas cidades completamente diferentes, não fossem a cordialidade dos espanhóis, o culto aos tapas e os bons vinhos. Hum, a Espanha é ótima!
PRIMEIRO DIA – terça-feira
ATRAÇÃO | AVALIAÇÃO | CUSTO
Palacio Santa Cruz (somente por fora) |
| grátis
Plaza Mayor |
| grátis
Mercado de San Miguel |
| grátis
Calle Arenal |
| grátis
Puerta del Sol |
| grátis
Calle de Preciados |
| grátis
Calle Gran Via |
| grátis
Encontro da Calle Gran Via com Calle de Alcalá |
| grátis
Plaza de Cibeles |
| grátis
Palacio de Comunicaciones |
| grátis (sem subir ao terraço)
Puerta de Alcalá |
| grátis
Cava de San Miguel |
| grátis
A melhor coisa que fizemos foi viajar de trem de Barcelona a Madri. O bilhete custou mais barato do que o aéreo e a viagem foi rápida, prática e bonita. Ademais, fez com que nosso primeiro dia em Madri rendesse maravilhas. Como que em uma gincana, mal chegamos ao hotel e rapidinho começamos nosso roteiro, seguindo direto para a Calle de Atocha.
Na Atocha, passamos pelo Palacio de Santa Cruz, sede do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Espanha, e, num piscar de olhos, chegamos à tão famosa Plaza Mayor.
A Plaza Mayor é monumental! Mede nada mais nada menos que 129 metros de comprimento por 94 de largura. Como é linda! Com o coração transbordando de ótimas sensações, aquela praça me fazia imaginar como seria nossa estadia em Madri. E com um estômago que costuma transbordar de apetite, muito me interessou saber que ali existem vários bares e restaurantes bem tradicionais. Acredito que essa informação tenha surgido a partir do entusiasmo de algum turista esfomeado, pois lá não encontramos os melhores estabelecimentos, mas que o charme do lugar inspirava comida, inspirava. Sorte minha o Mercado de San Miguel estar logo ali ao lado. Depois de um breve passeio pela praça, seguimos para esse paraíso gastronômico.
O Mercado de San Miguel é atração obrigatória em Madri. Uma ofensa não ir lá. Seu pavilhão foi construído em 1916, e, depois da última reforma, tornou-se um centro gourmet da melhor qualidade. São mais de 30 bancas de frutas e verduras, massas, peixes megafrescos, embutidos, cervejas, vinhos, tapas e mais tapas. E mais tapas! Para quem não sabe, os tapas consistem em uma grande variedade de aperitivos ou salgadinhos, não muito diferente do tira-gosto servido no Brasil, mas certamente especial pelas peculiaridades da cozinha espanhola.
A melhor coisa do San Miguel é que suas atividades são encerradas tarde da noite. Às segundas, terças, quartas e domingos, funciona até meia-noite. De quinta a sábado, o horário é estendido até as duas da matina. Celebramos isso com uma boa taça de vinho. E se o vinho é espanhol, não tem como errar na escolha. Estava delicioso, além de ter potencializado nossa empolgação pela cidade.
Havia tempo de sobra para um tira-gosto, mas estávamos com mais fome de conhecer a cidade do que de comida. Portanto, no San Miguel, ficamos apenas com o vinho. Deixamos o mercado e rumamos para a Calle del Arenal.
Caminhamos pela Arenal até a frenética Puerta del Sol. É nesse local que se encontra o quilômetro zero das estradas espanholas, além do relógio que faz, tradicionalmente, a contagem regressiva da virada de cada ano.
Acredito que a Puerta del Sol é o ponto mais centrão – eu disse centrão – de Madri. Cidadãos madrilenhos e turistas se misturavam numa muvuca de dar gosto. Era a própria paella humana. Adorei os personagens dos desenhos animados que circulavam por lá, oferecendo-se aos turistas para fotos em troca de um agrado. Tinha a Minnie, o Mickey, o Pateta, o Bart e o Homer Simpson, o Ursinho Puff, Papai Smurf e o palhaço dos Jogos Mortais em seu velocípede. Este, estranhamente, era pouco escolhido para um retrato. Eu mesmo preferi não fotografá-lo, pois não estava disposto em acabar amarrado num banheiro imundo e abandonado, prestes a ter uma lâmina dividindo minha gengiva entre os dentes ou a ver minha retina sendo cortada por um estilete quente e cego, enquanto um prego enferrujado é batido no meu umbigo. Brincadeira, fiquei com medo foi de ele me cobrar a fotografia.
Adorei mais ainda a cena do Ursinho Puff reclamando algo com a polícia. Acho que foi vítima de bullying. Cá entre nós: merecido.
Deixamos a Puerta del Sol pela movimentada Calle de Preciados. Naquela caminhada, Madri mantinha-se conforme o esperado: muito bonita. É certo que não possui a extravagância de Paris, a antiguidade de Roma ou a modernidade de Berlim, mas sua peculiaridade faz dela uma das dez capitais europeias para se conhecer antes de morrer. Em um certo momento da nossa andança, de bonita e peculiar Madri tornou-se maravilhosa! Havíamos chegado à Calle Gran Vía, no ponto da Plaza del Callao. A mistura de edifícios clássicos de fachadas diferenciadas dá àquela rua um charme inigualável. Numa atmosfera vintage, há uma estranha, porém harmoniosa, desproporção arquitetônica. Por mais que eu tenha tentado, não consegui fotografar isso da forma como desejei. É preciso estar ali para entender a beleza do lugar e todas as suas sutilezas. Ou eu estava inebriado pelo deslumbre de viajante no primeiro dia?
Não havia inebriamento algum. A Gran Vía é realmente belíssima! E quando eu achava que ela havia dado tudo de si, aparece o encontro com a Calle de Alcalá, talvez o ponto mais bonito da cidade.
Bem perto dali está um dos lugares mais simbólicos de Madri: a Plaza de Cibeles. Localiza-se na interseção da Alcalá com o Paseo de Recoletos e o Paseo del Prado. Impossível não se encantar com o Palacio de Comunicaciones, sede da prefeitura desde 2007. Chegamos a entrar no edifício, mas não conhecemos todas as suas instalações.
Além do Palacio de Comunicaciones, na Plaza de Cibeles também está o Palacio de Linares e o Quartel General do Exército. Passamos brevemente por esses edifícios e seguimos até a Puerta de Alcalá, construída em 1778 pelo rei Carlos III para servir de porta de entrada da cidade.
Estávamos muito contentes pelo tanto que nosso primeiro dia em Madri rendia. Ainda não havia escurecido e já tínhamos batido muita perna. Era hora de retornar ao hotel para um banho. Não me lembro se aproveitamos para descansar, só sei que nossos estômagos gritavam “tapas!“.
Para passar a noite, escolhemos a Cava de San Miguel, uma via muito charmosa logo ao lado da Plaza Mayor. Seus bares e restaurantes são bem bacanas, mas o movimento daquela terça-feira não era dos melhores. Mesmo assim, comemos em um de seus restaurantes.
E já que sabíamos que o Mercado de San Miguel estava a 1/2 quarteirão dali e de portas escancaradas à nossa espera, para lá fomos mais uma vez. De barrigas semissatisfeitas, ainda havia espaço para mais tira-gosto. Além da linguiça, das batatas e das carnes que comemos na Cava de San Miguel, as várias gavetas dos nossos estômagos conseguiram acomodar azeitonas, queijos, embutidos, jamóns, torradas e demais tapas servidos no mercado. Não faltou vinho, é claro! E preciso frisar algo importante: os preços eram muito bons. Viva Madri!
SEGUNDO DIA – quarta-feira
ATRAÇÃO | AVALIAÇÃO | CUSTO*
Museu do Prado |
| $ $ $
Igreja San Jerónimo el Real |
| grátis
Real Jardín Botánico de Madrid |
| $
Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia |
| $ $
Estação Madrid-Puerta de Atocha |
| grátis
Museu Arte Público de Madrid |
| grátis
Calle de Las Huertas |
| grátis
*(Em euros) 1 – 5: $ \ 6 – 10: $$ \ 11 – 15: $$$ \ 16 – 20: $$$$ \ acima de 20: $$$$$
Como fazia frio naquela manhã! Mas eu não estava nem aí, pois finalmente chegara o momento em que eu conheceria o Museu do Prado.
Felizmente, a fila para o museu estava pequena. Não demorou e eu já estava babando sob algumas das mais grandiosas obras de arte da humanidade. Ali, vi a principal pintura de todos os tempos: As Meninas, de Velázquez; fiquei hipnotizado diante do tríptico mais exótico de todos: O Jardim das Delícias Terrenas, de Hieronymus Bosch; não me cansei de ver algumas das mais de quatro mil criações de Francisco de Goya, especialmente O 3 de Maio de 1808 e Saturno Devorando um Filho, e quase fraturei a cervical de tanto tombar a cabeça de admiração por A Ressurreição, de El Greco. E quer saber quais outros artistas têm obras expostas no Prado? Nada mais que Rubens, Rembrandt, Anthony van Dyck, Brueghel, Dürer, Fra Angelico, Botticelli, Ticiano, Tintoretto, Veronèse, Caravaggio e Rafael. Para minha infelicidade, não se podia fotografar no interior do Prado, como na maioria dos grandes museus.
Depois de nos fartar por mais duas horas e meia naquela exposição inesquecível, era hora de almoçar. Antes de comer, aproveitamos e passamos pela igreja San Jerónimo el Real, atrás do Museu do Prado.
Depois da breve visita à igreja, achamos um restaurante baratinho a um quarteirão dali, na Calle de Moreto. E é claro que merecíamos um vinho!
Do almoço, seguimos para o Real Jardín Botánico de Madrid, que fica logo ao lado do Museu do Prado. Eu havia visto ótimas indicações desse jardim na internet, mas, honestamente, não achamos lá grande coisa. É certamente bonito, contudo, não vimos nada de especial. Talvez o local fosse mais interessante durante a primavera. Aliás, já estávamos na primavera! Primavera de araque! Congelávamos de frio. Possivelmente isso tenha nos desmotivado a permanecer ali ao ar livre. Ventava tanto que planta era a última coisa que eu desejava ver. Queria mesmo era estar entre quatro paredes quentinhas, de preferência em um banheiro, porque quando faz frio a minha bexiga sextuplica sua atividade.
Do Real Jardín Botánico rumamos para o Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia. Sonhava em conhecer o Guernica, principal obra daquele museu. Há quem diga que esse painel de Pablo Picasso é a única coisa interessante da exposição, mas basta uma voltinha pelas salas do Reina Sofia para encontrar obras de Salvador Dalí, Juan Miró, Juan Gris, Robert Motherwell, Andy Warhol, Mark Rothko e Roy Lichtenstein.
Chamou-me a atenção o quadro Elegia à República Espanhola CIII, do pintor norte-americano Robert Motherwell. O Átila, meu ex-cabelereiro – poupe-me da piada –, tinha um poster dessa pintura em seu salão. Sempre tive vontade de vê-la ao vivo. Nunca mais voltei ao Átlia – poupe-me novamente do escárnio –, entretanto, tive o prazer de apreciar aquela obra original de Motherwell a dois palmos de distância.
Além dos trabalhos desses grandes mestres, o museu abriga exposições de arte contemporânea, e isso pode assustar os menos iniciados. Amo arte, mas a contemporânea é algo complicado de digerir. A linha tênue que separa a magnificência desse estilo e o facilismo de algumas manifestações non sense pode ser ultrapassada, arruinando uma tarde num museu. Ou pode ser bastante divertido, conforme concordariam o Élcio e a Clarice. Como não rir de um vídeo de uma descabelada tipo zumbi rodopiando de braços abertos pela sala? Até procuramos deixar de ser bobos e apreciar essa obra de uma forma mais acadêmica ou menos debochada. O máximo que conseguimos foi definir aquilo como a encarnação de uma pomba-gira.
Além do vídeo da pomba-gira, adoramos a homenagem do pintor Cy Twombly a sua amada Leda. Ou Leda era sua mãe ou irmã? Ou Leda não era nada ou ninguém? Na verdade, não era homenagem nenhuma. Isso eu inventei, mas preciso que alguém me explique esse dever de casa de criança disléxica, com debilidades motoras e desorientada.
Tirando essas excentricidades – ou graças às mesmas – o Reina Sofia é excelente. Depois de visitá-lo, aproveitamos as redondezas e fomos conhecer a Madrid-Puerta de Atocha, estação ferroviária da cidade. Belíssima, e não é por menos. Foi construída por Alberto Palacio com a ajuda do engenheiro francês Gustave Eiffel, o mesmo da Torre Eiffel e da Estátua da Liberdade. A estação não é propriamente uma atração turística, mas vale uma passada para conhecer seu espetacular jardim coberto.
Em Atocha, pegamos o metrô e descemos na estação Colón. Demos uma brevíssima espiada na Plaza de Colón e seguimos em uma caminhada pelo Paseo de la Castellana até o Museo Arte Público de Madrid. Do ponto de vista artístico, essa atração é bem interessante. São várias esculturas ao ar livre, todas no estilo contemporâneo e de qualidade artística excepcional. Infelizmente, meus companheiros de viagem não são muito chegados em arte contemporânea. Embora eu também tenha certa resistência a esse estilo, consegui tirar proveito da exposição, mesmo porque a visita era gratuita. E a regra turística é bem clara: se é grátis, não deixe passar despercebido.
Para ir ao museu, cometemos o erro de descer na estação Colón. A praça de mesmo nome não é grande coisa e a caminhada pelo Paseo de la Castellana até as esculturas foi bem longa. Se não foi longa, o frio fê-la parecer zilhiométrica. Dava dor na costela! Teríamos feito melhor se tivéssemos descido na estação Rubén Darío, bem ao lado da exposição. Enfim, eu gostei do museu. A Clarice e o Élcio, mais ainda. Não pelas obras expostas, mas pela gravação de um episódio de uma espécie de Malhação espanhola, que acontecia no local. Nunca vi nenhum daqueles atores, mas certamente eram famosos, porque a produção era de primeira. Tudo indicava que a cena se passava em um dia quente, pois, mesmo com o frio de lascar daquela tarde, todos estavam com roupinhas fresquinhas, próprias para altas temperaturas.
No início daquele dia, para chegar ao Museu do Prado, seguimos pela Calle de Las Huertas, onde vimos uns bares bem bacanas. Decidimos que ali passaríamos a noite. Portanto, depois de uma dia de muita obra de arte, retornamos ao hotel, tomamos um banho e seguimos para aquela rua.
No caminho, descobrimos um bar muito bacana, localizado na Plaza del Ángel, esquina com Calle San Sebastián. Chamava-se En Estado Puro, e sua decoração era composta, basicamente, de centenas de bonecas de dança flamenca que compunham uma padronagem sensacional. O quadro negro na entrada anunciava rodada dupla drinques até as 20h. Se a noite é uma criança e a promoção é boa, não tem por que não aderir. Eram 19 e alguma coisa e resolvemos entrar para umas biritas pagas seguidas de outras 0800.
De lá seguimos pela Calle de Las Huertas e acabamos no Rosa Negra, localizado na Calle de Leon. Além da decoração espetacular no estilo hipster-cucaracha, os preços eram excelentes e o astral melhor ainda. Tomamos todas! Ótima descoberta! Finalizamos a noite por ali, com a percepção de que a boemia madrilenha era uma das principais atrações da cidade.
TERCEIRO DIA – quinta-feira
ATRAÇÃO | AVALIAÇÃO | CUSTO*
Monasterio de las Descalzas Reales |
| $ $ $
Teatro Real |
| $ $
Plaza de Oriente |
| grátis
Palacio Real de Madrid |
| $ $ (grátis naquela tarde)
Catedral de la Almudena |
| $ (doação não obrigatória)
Muralla Musulmana de Madrid |
| grátis
Real Basílica de San Francisco el Grande |
| $
Chueca |
| grátis
*(Em euros) 1 – 5: $ \ 6 – 10: $$ \ 11 – 15: $$$ \ 16 – 20: $$$$ \ acima de 20: $$$$$
Começamos aquela ensolarada porém gelada manhã pelo Monasterio de las Descalzas Reales, convento fundado em 1559 por Joana de Áustria. As irmãs ali enclausuradas só andavam descalças porque queriam, pois eram ricas, ricas, ricas de marré Derci Gonçalves. Mentira, não sei porque foram intituladas descalzas. Só sei que eram de origem aristocrática e que cada uma fundou uma capela daquele monastério. Quanto mais adornada era a capela, mais a freirinha se afirmava entre as outras. Não havia tempo para recalque, então o negócio era colecionar obras de arte.
O passeio pelo convento é guiado e dura cerca de 50 minutos. Contudo, é importante que se chegue com bastante antecedência. Tivemos que esperar por uma hora. De terça-feira a sábado, o horário de visita é das 10h às 14h e das 16h às 18h30, e aos domingos e feriados, das 10h às 15h. Atração obrigatória em Madri!
Do Monasterio de las Descalzas Reales seguimos para o esplendoroso Teatro Real. Sua visita também é guiada, mas não tivemos que esperar muito. Os passeios acontecem a cada meia hora, das 10h30 às 13h00, e duram de 50 minutos a uma hora. Existem também as visitas artística e técnica, focadas nos bastidores e nos processos técnicos, respectivamente, mas preferimos nos ater somente ao passeio geral.
As instalações do teatro são maravilhosas! Ficamos impressionados com o funcionamento do palco. Sua estrutura é gigantesca e o mecanismo de troca de cenários ocupa a maior parte do edifício. Complicado até de descrever.
Do Teatro Real paramos para almoçar. Em seguida, dirigimo-nos à Plaza de Oriente e logo depois visitamos o Palacio Real de Madrid.
No momento em que nos dirigimos à bilheteria do Palacio Real, aconteceu uma coisa muito bacana. Desde Barcelona, já sabíamos que o espanhol é muito cortês. Naquela tarde, tivemos outra prova disso. Eram 14h50, e assim que nos avistou, o segurança da entrada do palácio veio até nós e perguntou nossa nacionalidade. Quando soube que éramos brasileiros, num bom humor contagiante foi logo dizendo: “Esperem alguns minutinhos, porque a entrada após as 15h é gratuita para cidadãos ibero-americanos. Guarde esse dinheiro para tomar uma cerveja mais tarde”.
A visita ao Palacio Real de Madrid é paga, mas nas quartas e quintas-feiras, das 15h às 18h, de outubro a março, e das 17h às 20h, de abril a setembro, a entrada é gratuita para os cidadãos ibero-americanos e da União Europeia. Portanto, amigo turista, organize-se e passeie de graça. Como eu já disse, se é grátis, não pode deixar passar despercebido. Ainda mais uma visita ao Palacio Real!
Morri de pena dos japoneses e americanos que nos olhavam com recalque porque tiveram que pagar a entrada. Fazer o que, né! Pelo menos uma vez os tupiniquins têm que se dar bem sem precisar fazer uso do execrável jeitinho brasileiro.
O Palacio Real é visita obrigatória! Foi construído em 1737 no reinado de Felipe V para ser a residência oficial dos monarcas. Hoje, é um local de interesse turístico, que também acolhe encontros diplomáticos e eventos oficiais. Numa Espanha em crise econômica, assolada pelo vergonhoso despejo de famílias que não têm dinheiro para pagar a hipoteca, ironicamente, o Palacio Real possui mais de 3.000 quartos, sendo que a maioria nunca foi utilizada.
Logo ao lado do palácio está a Catedral de la Almudena, ou Catedral de Madri. Para lá fomos.
A catedral é simplesmente espetacular! Parte do seu teto possui um desenho bastante interessante. Lembrei-me muito da minha amiga Ariadne, que, assim como eu, ama padronagens e texturas. Pretendo até imprimir a foto que fiz desse teto e fazer um painel decorativo. Comigo é assim: se é permitido fotografar, prendo o fôlego, seguro a tremedeira, apuro o foco e faço uma foto em alta resolução pronta para ser impressa.
O tamanho do órgão de tubos da Almudena é impressionante! Quase não notamos a organista, que tocava uma música bem macabra, por sinal.
Da catedral, descemos por um pequeno trecho da Calle Mayor até a Muralla Musulmana de Madrid, também conhecida como Muralha Árabe. Edificada no século IX durante a dominação muçulmana da Península Ibérica, é provavelmente a construção mais antiga da cidade. Hoje, é apenas uma pequena parte do que antes fora uma fortaleza, a partir da qual se desenvolveu o núcleo urbano de Madri.
A alguns quarteirões dali, seguindo pela Calle de Bailén, está a Real Basílica de San Francisco el Grande, igreja construída na segunda metade do século XVIII. De estilo neoclássico, destaca-se por sua cúpula, considerada a terceira maior planta circular da cristandade. Ali havia pouquíssimos visitantes, algo difícil de entender, pois o ingresso custou baratinho e dava direito a uma visita guiada. Não é um espetáculo de monumento, mas indico a visita.
Além de sua suntuosa e eclética decoração interior, a San Francisco el Grande possui uma pinacoteca muito preciosa, com destaque para as pinturas de Francisco de Zurbarán e Goya. Aliás, na Espanha, é facílimo é tropeçar em uma obra de Goya. Onde quer que se vá, lá está um trabalho desse mestre espanhol. Se ele fosse vivo e brasileiro, suas pinturas estariam estampadas nas Havaianas, nas caixas de OMO, nas capinhas de celular, nos brindes da revista Caras, nos perfumes da Avon, nos cadernos da Tilibra, enfim, em toda a cafonice que Romero Britto tem direito. E é claro que minha comparação foi sarcástica! Goya também “prostituiu-se”, mas nem tanto. Ademais, era impecável nas suas conceituações.
Estávamos a dez grandes e irregulares quarteirões do hotel, mas, mesmo assim, resolvemos voltar a pé. Honestamente, não tínhamos utilizado transporte algum naquele dia, senão nossas próprias solas de sapato. Digo sempre e não me canso de repetir: é preciso andar! É preciso se misturar!
Descansamos um pouco, nos embelezamos e rua! Naquela noite, fomos ao famoso Chueca, bairro definido pelo guia Lonely Planet como “extravagantemente gay, vividamente jovem e sempre inclusivo, independentemente de orientação sexual“. Na verdade, procurávamos apenas por alimento e um pouco de diversão com hidratação alcoólica, além de que o Chueca é roteiro obrigatório em Madri, especialmente para os mais boêmios. E corroborando a afirmação do Lonely Planet, é um local inclusivo: pessoas de todos os tipos, cores, tamanhos e convicções passeavam por ali. Contudo, achamos o movimento daquela quinta-feira meio xoxo. Bebemos umas e outras e fomos embora dormir mais cedo. No dia seguinte, iríamos à belíssima Toledo.
QUARTO DIA – sexta-feira
ATRAÇÃO | AVALIAÇÃO | CUSTO*
Toledo |
| –
Plaza Santa Ana |
| grátis
Calle de Las Huertas |
| grátis
*(Em euros) 1 – 5: $ \ 6 – 10: $$ \ 11 – 15: $$$ \ 16 – 20: $$$$ \ acima de 20: $$$$$
Acordamos bem cedo e pegamos o trem para Toledo. Eu até poderia descrever esse passeio aqui, mas Toledo é tão bacana que merece um post só para ela. Em breve, escrevo sobre essa pequena porém belíssima viagem. Só não posso deixar de dar a dica:
se você for a Madri e tiver um dia sobrando no seu roteiro, aproveite e vá a Toledo. A cidade é maravilhosa e cheia de atrações. Há quem diga – o Élcio insiste – que um dia apenas não é suficiente, mas conseguimos fazer bastante coisa por lá em menos de oito horas. Os trens partem praticamente de hora em hora e a viagem dura apenas 33 minutos. E o bilhete é bem barato. Vale a pena demais!
Assim que retornamos a Madri, tomamos um banho e fomos comer algo. Começamos a noite degustando altos jamóns na Plaza Mayor. Ir àquela praça nunca era demais.
Em seguida, partimos para a Plaza de Santa Ana, conhecida por sua movimentada vida noturna.
A praça em si não estava tão interessante, mas suas imediações bombavam! E quando percebemos, estávamos próximo à já visitada Calle de Las Huertas. Mais uma vez, encerramos o dia por ali. Brindamos a tudo o que havíamos vivido na Espanha, de Barcelona até aquele momento. Nosso contentamento nos estimulava a querer passear mais, e, para nossa alegria, os dias pareciam não passar. O tempo era nosso maior parceiro naquela viagem. Sendo assim, brindamos também ao deus Cronos. Que ele fizesse o tempo arrastar bastante!
Enquanto retornávamos ao hotel, víamos, praticamente por todo o caminho, uma movimentação alucinante de pessoas. Ficamos impressionados com o tanto que o madrilenho gosta de uma noitada. Por onde quer que passávamos, lá estavam as ruas abarrotadas de gente. Ok, era uma sexta-feira, mas nos outros dias não estava muito diferente, exceto pela noite anterior no Chueca, que provavelmente deveria estar bombando àquelas horas.
QUINTO DIA – sábado
ATRAÇÃO | AVALIAÇÃO | CUSTO*
Museu Thyssen-Bornemisza |
| $ $
Parque del Retiro |
| grátis
Monumento a Afonso XII (Parque del Retiro) |
| grátis
Palacio de Velázquez (Parque del Retiro) |
| grátis
Palacio de Cristal |
| grátis
Bosque del Recuerdo |
| grátis
CaixaForum Madrid |
| $
Jardins de Sabatini |
| grátis
Templo de Debod |
| grátis
Parque del Oeste |
| grátis
Teleférico de Madrid |
| $ $
Plaza de España |
| grátis
Bairro Malasaña |
| grátis
*(Em euros) 1 – 5: $ \ 6 – 10: $$ \ 11 – 15: $$$ \ 16 – 20: $$$$ \ acima de 20: $$$$$
Começamos o dia por mais um magnífico museu de Madri: o Thyssen-Bornemisza, que, junto ao Museu do Prado e ao Reina Sofia, forma o Triângulo de Ouro da Arte. A maior e mais valiosa parte da coleção daquele museu pertence à família Thyssen-Bornemisza, rica, rica, rica de marré Derci Gonçalves!
Fiquei contentíssimo ali dentro, pois, além daquela exposição espetacular, era permitido fotografar. Obrigado, família rica! Como de costume e com o cursor apontando para o máximo de resolução da minha pretensiosa máquina fotográfica, eu segurava o fôlego, aguçava o foco, afastava as pernas e pensava nos quadros e pôsteres sensacionais que iria imprimir no Brasil. Não perdi a oportunidade! Suguei o máximo de El Greco, Edward Hopper, Rothko, Salvador Dalí, Roy Lichtenstein, Mondrian, Gauguin, Canaletto, Monet, Holbein, Degas, Caravaggio, Renoir, Van Gogh, Rembrandt, Dürer, Cézanne, Jan van Eyck e de tantos outros.
Do Thyssen-Bornemisza seguimos em direção ao Parque del Retiro. Passamos pela Plaza Cánovas del Castillo, seguimos pela Calle Felipe IV, e, em poucos minutos, estávamos no parque.
Ir a Madri e não conhecer o Parque del Retiro é um pecado! Ou melhor, é um crime turístico, com previsão de pena de 20 anos em qualquer praia farofeira lotada de carrinhos de som vendendo CDs piratas de axé. O lugar é maravilhoso! Foi construído entre 1630 e 1640 em terras oferecidas pelo Conde-Duque de Olivares ao rei Felipe IV. O que antes era destinado ao lazer da Corte, hoje é aberto ao público. Logo que chegamos, deparamo-nos com um grupo de corredores amadores e seu personal trainner, que praticavam sua divertida atividade física em meio a tanta beleza. E olha que o tempo estava horroroso! Imagino aquilo tudo no auge da primavera.
Os destaques do parque são o Monumento a Alfonso XII, o Palacio de Velázquez, o Palacio de Cristal e o Bosque del Recuerdo, este construído há poucos anos em memória às 192 vítimas dos atentados de 11 de março de 2004 em Madri.
Deixamos o Parque del Retiro. Nossa próxima atração seria o Templo de Debod, no Parque del Oeste, em outro lado da cidade. O metrô mais próximo de onde estávamos era o de Atocha. Na caminhada até essa estação, acabamos entrando no CaixaForum Madrid, um centro cultural localizado no Paseo del Prado. Valeu muito a Pena! Havia uma exposição de arte loucaça chamada Antes del Diluvio, que, além de peças e vídeos contemporâneos, mostrava objetos procedentes da Mesopotâmia, datados do período entre 3500 e 2100 a.C.. O ingresso foi até barato. Destaque para o painel vivo do lado de fora do prédio, que mais parece uma mata densa verticalizada.
Depois de visitar o CaixaForum, pegamos o metrô. Descemos na estação Plaza de España, e, numa consulta confusa ao GPS do meu celular, acabamos equivocadamente de frente para o Palacio Real. Ai, meu Deus, onde erramos?! Felizmente, deu tudo certo. No complexo real estão localizados os Jardins de Sabatini. Demos uma rápida passeada por ali, precisamente de frente para a fachada norte do palácio, e retomamos a direção certa até o Templo de Debod.
O Templo de Debod está situado no início do Parque del Oeste, próximo à Plaza de España. Foi construído originalmente no Egito, no século IV a.C. Em 1961, suas pedras foram desmontadas e depositadas na ilha Elefantina até serem deslocadas para porto de Alexandria. Em 1968, o templo foi doado à Espanha e remontado pedra a pedra ali no Parque del Oeste, sendo inaugurado em 1972. Visita obrigatória! E gratuita!
Dizem que o Templo de Debod é mais bonito à noite, quando a iluminação artificial provoca um reflexo excepcional no espelho d’água que se estende ao longo dos três portais de acesso ao monumento. Iluminado ou não, é espetacular!
Dali, rumamos para a parte da viagem mais horripilante para a Clarice: o passeio no Teleférico de Madrid. Em Barcelona, a colega quase morrera do coração no Teleférico de Montjuïc, portanto era certo que ela não embarcaria em mais uma roubada. Fizemos o seguinte: enquanto eu e o Élcio passeamos no bondinho, ela saltitou e cantarolou pelos jardins do Rosaleda de Madrid, logo ao lado da estação do teleférico. Boa menina.
Que passeio bacana! Como aquele era o nosso penúltimo dia na cidade, o trajeto, que durava pouco mais de onze minutos, tinha um tom de flashback. Vimos, à distância, boa parte dos locais visitados naquela nossa estadia em Madri. Uma narração na cabine explicava os principais pontos da cidade, mas não dava para entender muita coisa. Era em espanhol e a qualidade do áudio não era muito boa.
O teleférico vai até a estação do Casa de Campo, maior parque público de Madri. Descemos ali para uma breve visita e retornamos ao Parque del Oeste poucos minutos depois.
O passeio de teleférico é imperdível! Confira as tarifas e horários em www.teleferico.com.
Do Parque del Oeste seguimos até a bela Plaza de España, onde havia uma feirinha de gastronomia (ôba!) e artesanatos. Como não poderia ser diferente, ali acontecia uma das zilhões de manifestações espanholas. Ocorre tanta manifestação naquele país que dá até para montar um roteiro turístico só de tours em grupos de protestos. Em Barcelona, ficamos muito impressionados, pois, por onde quer que passávamos, lá estava um montinho de gente insurgindo contra alguma coisa. Na Plaza de España, opunham-se à privatização do Canal de Isabell II, companhia pública de saneamento de Madri.
Dali retornamos ao hotel para arrumar as Malas. Na tarde do dia seguinte, embarcaríamos para Praga, então era preciso dar uma organizada nas bagagens. Mais à noite, a Clarice preferiu ficar descansando no hotel – matando saudades do marido pelo Skype –, enquanto eu e o Élcio alucinamos por Malasaña, bairro extremamente boêmio de Madri.
Para chegar ao Malasaña, pegamos o metrô e descemos na estação Tribunal. Dali saímos pelas ruas do bairro, escolhendo o melhor lugar para começar a noite. Estava tudo lotado! Entramos em um bar que era atendido somente por uma moça, que, sem perder a calma, fazia de tudo um tanto. E que calma! Era um doce de pessoa. Como ela conseguia ser balconista, bartender, garçonete e caixa, eu não sei. Pelo menos ali não se servia comida, então era menos difícil para ela manter a qualidade do atendimento e a serenidade. Tomei um drinque e o Élcio um vinho. Mas eu precisava comer alguma coisa, então fomos à procura de outro lugar. Foi quando descobrimos que a maioria dos bares funcionava daquela forma, com um ou poucos atendentes e servindo exclusivamente bebidas. Existiam, sim, alguns restaurantes, mas os bares eram para biritas. Menos mal. Só sei que bebemos naquele primeiro bar, comemos num outro e seguimos pela noite em um pub crawl básico por outros quatro bares. Caprichamos em Malasaña, afinal, aquela era a nossa última noite na capital espanhola.
SEXTO DIA – domingo
ATRAÇÃO | AVALIAÇÃO | CUSTO
Puerta de Toledo |
| grátis
El Rastro |
| grátis
Acordamos um pouco mais cedo naquele domingo, pois partiríamos para Praga à tarde e era preciso fazer o dia render. Para fechar o roteiro, fomos a um dos melhores pontos turísticos de Madri: o El Rastro, mercado de pulgas que inicia na Plaza del Campillo del Mundo Nuevo e vai até a Plaza de Cascorro, entre a Calle Embajadores e a Ronda de Toledo. Para chegar lá, descemos na estação Puerta de Toledo, de frente para o monumento de mesmo nome. Ali começamos nossa caçada por bugigangas.
O El Rastro é gigantesco! E tem de tudo! Além das antiguidades – interessantíssimas, por sinal –, encontramos uma infinidade de souvenirs, roupas, artesanatos e tantas outras mercadorias. Até manifestação não faltou, cujo objetivo não entendi: “¡Viva Bin Laden y la cia que le parió!” Enfim, o importante é lutar pelos ideais.
Os preços no Rastro são muito bons. Compramos lembrancinhas bem baratas, e opção não faltava. A cada esquina dobrada, lá estava uma quinquilharia ou mesmo uma preciosidade, sempre bastante atraentes.
Se for a Madri e tiver um domingo em seu roteiro, inclua uma ida ao Rastro. Funciona aos domingos e feriados, das 9h às 15h, faça chuva ou sol. Você pode descer nas estações de metrô Puerta de Toledo ou La Latina, pontos limítrofes dessa feira.
Depois de comprar cerâmicas, chaveiros, calças, camisas, casacos, mala e cabo de iPhone, deixamos o Rastro. “Deixar o Rastro” pode soar ambíguo, mas essa duplicidade é pertinente: deixamos o mercado de pulgas e também um belo “rastro” em Madri. Traçamos um caminho memorável! Aliás, parte de um caminho. Ainda iríamos à República Checa e à Holanda.
Almoçamos antes de partir. Somente naquele último dia descobrimos que havia um restaurante com preços excelentes, pertinho de onde estávamos hospedados. O lugar chama-se Cafetería Rincón de Atocha, situado na Calle de Atocha, 20, próximo à Plaza Jacinto Benavente. Suas avaliações na internet não são muito boas, mas a comida estava excelente e o serviço também, portanto dou um joinha para o lugar. Se você perguntar ao Élcio o que achou do restaurante, ele dará cinco joinhas e fará questão de mostrar a foto do seu prato já vazio, onde existia um suculento cordeiro.
É, Madri foi um prato cheio, literalmente. Se voltarei là? Claro que sim! Enquanto eu tiver saúde, orçamento, companheiros de viagem e sangue boêmio, nenhum monumento, obra de arte, parque, praça ou bar madrilenhos ficarão tão distantes.
contato@fuievouvoltar.com
Oi Alessandro! Nossa, bacana demais!!! E as fotos estão maravilhosas!!! Só não entendi porque você achou que o Ursinho Puff merecia sofrer bullying? rsrsrs… Coitadinho! KKK! Mas, devia estar mesmo engraçado ele conversando com a polícia rsrs… Beijo!!! Espero ansiosa relato de outras viagens!!!
Oi, Celma! Obrigado pelo prestígio que você sempre dá ao blog 🙂 Quanto ao ursinho Puff, ele é meio cansativo, rsrsrs! Bjs!
Vou dizer de novo: “bom demais!!!” Sabe que sou fã de carteirinha de suas viagens e de seu olhar para o mundo. Quero muito ver as fotos das obras da “família rica”.
Ah, fui chegando e senti falta do bonequinho de cachecol voando no início do site e eis que deparo com ele no fim da página 🙂
Oi, Fê! Muito obrigado pelo comentário. O bonequinho de cachecol teve suas funções reduzidas, rsrsrs!
Abraço 🙂
Adorei!!! (estou ficando repetitiva rsrsr). Me deu muitas saudades de tudo, principalmente do El Rastro, por isso hoje eu usei uma bolsa que comprei lá. As dicas foram excelentes e as fotos também, mas acho que vc deveria ter dado a dica sobre a empresa que nos levou até o Aeroporto, pois as escadas do metrô eram de doer. Estou ansiosa pelo próximo roteiro! Bjs e obrigada pela ótima companhia na viagem e pelas citações feitas aqui.
É, Clarice, também tenho saudades, sempre. Até dos Checos, acredita? Maltrata que eu gosto, rsrsrs! Realmente, a combinação ESCADAS DO METRÔ DO MADRI X MALAS foi complicada. Embora o traslado de carro tenha sido excelente, foi o hotel que reservou pra gente, não me lembro do nome da empresa… E ficou meio caro também, não?… De qualquer forma, não troco aquele traslado por nada, rsrsrs! Que carrão!
Abraço e até a próxima viagem 🙂
Muito, muito, mas muito bom seu post! Parabéns! Gostei mesmo! Todavia, como nem tudo são flores, dispensável o comentário sobre Romero Brito. Tô nem aí pra ele, mas ser cafona por saber fazer dinheiro é cristão-esquerdista-socialista demais.
Muito obrigado Cristiano! Abraço!
Bom demais seu post. Parabéns por compartilhar tanta informação de forma tão objetiva. Estou indo para Barcelona, Madri e Lisboa no inicio de maio. Vou seguir o teu roteiro de Madrid, ja estou copiando. Na primavera vc estava em Madrid e tive a impressão que estava frio. Em que mes vc foi ? Estou procurando hotel na Calle Atocha, vc ficou hospedado por lá ? Agradeço se puder me responder e desculpe tantas perguntas. Vou viajar por conta com minha amiga e nos temos setenta anos por isso quero me inteirar das coisas. Um abraço e tudo de bom jovem.
Oi, Lea! Muito obrigado 🙂 Fui a Madri no meio de março, e estava bem frio. Barcelona, nem tanto, mas Madri estava exigindo de nós alguns casacos. A Calle Atocha é muito boa. Fiquei próximo à Puerta del Sol, na Calle del Dr. Cortezo, a meio quarteirão da Atocha. Gostei muito. É próximo ao metrô e a tantas outras atrações.
Qualquer outra dúvida, é só perguntar. Grande abraço e uma ótima viagem para vocês 🙂
Olá Alessandro. Cheguei por acaso ao seu blog. Procurava uma comparação entre as 3 versões de “O pintor e a modelo” do Picasso, e a foto em frente a elas me chamou atenção. Gostei muitíssimo de seu relato (preciso e bem humorado) desta passagem por Madri – aguçou minha vontade de retornar e seguir algumas das suas dicas.
Oi, Mirtes! Muito obrigado 🙂 Fiz questão de postar essa foto porque achei o conjunto maravilhoso! Até tirei foto de cada uma das três versões. Muita gente subestima o Rainha Sofia, acreditando que a única atração do museu é a Guernica. Mas ele é muito mais do que isso, visita obrigatória para quem ama arte.
Abraço e ótima viagem!
Como Madrid é linda, não? Acho que quanto mais linda é a cidade, melhor é o seu relato.
Ainda não viajei (uma longa história + problemas), vou em algum momento do ano que vem, também não sei pra onde, mas isso é o de menos.
Qual é o lugar mais conveniente pra ficar em Madri? E em Lisboa? Penso na Av. Liberdade, mas mais perto da Marques de Pombal ou do Rossio?
Obrigado pelo comentário, Alexandre 🙂 Madri é de fato um espetáculo! Lá, ficamos próximo à Puerta del Sol, que tem estação de metrô próximo com três linhas e estação do trem Cercanías, que vem do aeroporto. Muitas atrações estão ali perto como a Plaza Mayor e, um dos meus lugares favoritos na cidade, o Mercado de San Miguel. Já em Lisboa, na primeira vez em que fui lá, fiquei a um quarteirão da Liberdade, próximo à Marquês de Pombal. É servido por metrô, mas não fica próximo das principais atrações. Das duas outras vezes que retornei lá, fiquei no Bairro Alto, bem perto do Rossio. Pra mim, o melhor lugar! Voltarei em março e ficarei no Rossio. Abraço e muito obrigado pelas constantes visitas ao blog 🙂
Tem que agradecer nada, me divirto muito lendo os posts! Mas era o que eu imaginava, ficar no Bairro Alto ou perto do Rossio é mais mão na roda. Valeu pelas dicas! Certeza de que se eu for pra Madri, vou amar o Mercado San Miguel!
Um 2016 maravilhoso pra você e cheio de ótimas viagens! Abraço!
Oi,Alessandro..viagem bacana,heim!!
Irei à Madri dia 3/06 vindo de Barcelona…foi fácil compraro o bilhete do trem?comprou com antecedência?Achei o site meio confuso.Vamos em 4 pessoas(2 idosas),qual a melhor classe ,sem ser a mais cara?!
Achei o trem mais caro que o vôo..pesquisei errado?Penso em pegar o trem entre 11hs…tem algo para comer no trem?É caro?
Valeu pela atenção!
Oi, Giovanna! Obrigado pelo prestígio ao blog 🙂
A dificuldade maior ao comprar o bilhete de trem para Barcelona foi em relação ao nosso cartão de crédito. Ao tentar finalizar a compra, os cartões não eram aceitos. Pesquisando na internet, o Élcio descobriu que somente os cartões espanhóis possibilitavam a finalização da compra. Como tínhamos um cartão Santander, conseguimos efetivar a aquisição. Acho que isso deva estar normalizado, pois minha viagem ocorreu há mais de 3 anos. Fora isso, dificuldade a gente sempre encontra na hora da compra, mas deu tudo certo. Hoje o site está bem diferente, mas acredito que os processos não tenham mudado, senão para melhor.
Compramos o bilhete mais barato. Não me lembro do nome da classe, mas foi o valor mais baixo apresentado. O vagão era superconfortável, e no trem havia um bar/restaurante com bons preços, nada barato, mas em conta.
O trem costuma ser mais caro mesmo, mas vale a pena pelas paisagens e pelo conforto.
Abraço e ótima viagem para vocês 🙂
Olá Alessandro! Gostei bastante das suas dicas. Queria saber em qual época do ano que você foi a Barcelona e Madri pois estou indo em novembro e não sei se vai estar frio como na época que você esteve lá. Parabéns pelo blog, acrescentou bastante no meu roteiro. Abraços
Oi, Ana! Muito obrigado 🙂
Estive lá em março, pouco antes do início da primavera. Em Madri fazia muito frio, mas acho que estava mais do que o normal. Barcelona já foi mais tranquilo. Em novembro, já terá começado a esfriar, então é bom se agasalhar. Não é como dezembro, janeiro e fevereiro, mas te aconselho a levar casacos/jaquetas mais quentes. Cachecóis, luvas, gorros também poderão ser acionados 🙂
Abraço e ótima viagem!
Passando só para dizer que estive em Madri e vi Elegia à República Espanhola CIII! Hahahahaha!
Tive a felicidade de estar na cidade justamente no Dia Internacional do Museu. Soube exatamente na bilheteria do Prado, quando me deram o ingresso. Não apenas entrei de graça no Prado como também no Thyssen e na sua exposição temporária sobre Sorolla. Fiquei felicíssimo.
A cidade estava lotada como sempre, mas muita coisa estava em obra ou sem manutenção. Não tinha água no espelho d’água do Templo de Debot, o arranha-céu da Plaza de España está sendo reformado para virar hotel, a prefeitura na Praça de Cibelles também está todo coberto e até o teleférico estava com funcionamento de lua desde que o convênio com uma empresa terminou. Mas foi ótimo!
Abraço!
Vish!!!! Pelo menos você aproveitou o passei, rsrs! Viajar é isso mesmo. Quantas vezes me deparei com as portas das principais atrações fechadas… No final, o que importa é imergir no astral do lugar e curtir 🙂 Abraço e muito obrigado!!