É permitido andar mal-arrumado em Viena

Wiener Riesenrad, atração do Prater, em Viena

Wiener Riesenrad, atração do Prater, em Viena

Quase sempre, as expectativas são claras quanto ao destino turístico pretendido. De forma geral, pressupõe-se que quem vai ao Rio espera ver belas praias e banhistas em trajes sumários; quem debanda para Los Angeles tem vontade de conhecer parte de um universo cinematográfico e observar pessoas interessantemente estranhas; quem se aventura pela Nova Zelândia anseia por contemplar panoramas exuberantes e praticar esportes radicais; quem escapa para a Índia está à procura de muita paz e misticismo e almeja sentir na pele os efeitos do choque cultural. Contudo, eu tinha dúvidas do que esperar de Viena, uma das cidades que visitei num pequeno tour pela Europa, em março deste ano, acompanhado do meu amigo Élcio. Sabia que estaria exposto a muita história, arquitetura requintada e proficiência. De alguma maneira – não sei ao certo por que –, iniciei uma concorrência da capital austríaca com Praga, onde estivemos no ano passado. Eu tinha a impressão de que o classicismo de ambas demonstrava uma certa semelhança, mas nada como visitar uma e outra para saber que são bastante diferentes. Em Praga nos deparamos com uma cidade belíssima, onde os preços são bastante em conta, a população possui um comportamento muitas vezes austero e a estrutura turística é levemente desorganizada e muito oportunista. Viena, embora indiscutivelmente linda, fica um pouco atrás de Praga no quesito beleza (minha opinião) e seus preços são bem mais salgados do que os da capital tcheca. Por outro lado, os vienenses esbanjam cortesia, e o turismo por suas terras é muito bem orientado, onde, por exemplo, não há a necessidade de se pagar para ir ao banheiro quando se está dentro de um museu ou de um restaurante – esse tipo de mesquinharia me fritava em Praga! Por fim, mesmo que as duas cidades exalem uma cultura bastante erudita, em Viena isso é sentido com mais intensidade.

Comparações à parte, estávamos prontos e ansiosos para explorar Viena, a Cidade do Músicos. Chegamos lá por volta das 12h e às 14h20 já nos encontrávamos batendo perna.

PRIMEIRO DIA – Quinta-feira (13/3/2014)

Graben, Peterskirche, Mozarthaus, Jesuitenkirche, Stephansplatz, Stephansdom, Hoher Markt, Judenplatz, Memorial do Holocausto, Kohlmarkt, Michaelerplatz, Michaelerkirche, Time Travel in Vienna

Nem almoçamos e começamos nossa jornada por Viena. A primeira atração visitada seria a Graben, uma das ruas mais famosas da cidade, a 20 metros do hotel onde ficamos hospedados (nunca estivemos tão bem localizados!).

Graben

Graben

A Graben é maravilhosa! Suas origens datam do início do século 13. Ali estão alguns dos edifícios mais belos da cidade, que abrigam, entre outros, lojas de luxo, cafés, restaurantes e escritórios. Ao centro encontra-se a Pestsäule, uma escultura erigida durante o mandato do imperador Leopoldo I em referência à Grande Peste de Viena.

Na Graben também está localizada a Peterskirche (Igreja de São Pedro), uma igreja católica no estilo barroco construída em 1733. Como é bela sua cúpula!

Cúpula da Peterskirche

Cúpula da Peterskirche

Depois da rápida visita à igreja, seguimos para a Mozarthaus, residência onde o precoce Wolfgang Amadeus Mozart viveu entre 1784 e 1787. Hoje funciona como um museu, em que são expostas informações sobre o compositor combinadas com exibições históricas e instalações audiovisuais.

A Mozarthaus está localizada na Domgasse, 5, a um quarteirão da Stephansdom (Catedral de Santo Estêvão). Fica aberta diariamente das 10h às 19h (última entrada às 18h30). Para mais informações, acesse www.mozarthausvienna.at.

Da casa de Mozart rumamos para a Jesuitenkirche (Igreja Jesuíta), também conhecida como Igreja da Universidade. Foi construída entre 1623 e 1627, na época em que os jesuítas fundiram sua própria faculdade com as faculdades de filosofia e teologia da Universidade de Viena.

Jesuitenkirche
Jesuitenkirche

Apesar da austeridade de sua fachada, o interior da Jesuitenkirche possui uma riqueza de detalhes fascinante, marcada pela opulência de suas colunas de mármore e pelos belos afrescos. Ostentação pouca é bobagem!

Jesuitenkirche

Jesuitenkirche

Da Igreja Jesuíta seguimos para Stephansplatz (Praça de Santo Estêvão), onde se encontra a magnífica Stephansdom (Catedral de Santo Estêvão), uma das mais antigas catedrais do estilo gótico europeu.

Stephansdom

Stephansdom

Stephansdom

Stephansdom

Construída no século 12, a catedral passou por algumas reformas, as quais deram a ela toques barrocos e renascentistas. Seu interior, como o de quase todas as catedrais europeias do mesmo porte, é indubitavelmente maravilhoso, mas nenhuma igreja possui um telhado mais majestoso que o seu, onde 230.000 azulejos cobrem uma superfície de 111 metros de comprimento. Na parte sul esses azulejos constituem um mosaico que ilustra uma águia de duas cabeças, símbolo do império vienense governado pela dinastia dos Habsburgo. Na parte norte dois brasões de armas representam a cidade de Viena e a República da Áustria. Para ver uma porção dessa padronagem de perto, subimos à torre sul da igreja (Steffl), que possui 136 metros de altura.

Brasões representados em telhado de mosaico da Stephansdom

Brasões representados em telhado de mosaico da Stephansdom

Detalhe do telhado de azulejos da Stephansdom

Detalhe do telhado de azulejos da Stephansdom

Detalhe do telhado de azulejos da Stephansdom (via Instagram)

Detalhe do telhado de azulejos da Stephansdom (via Instagram)

Tão belo quanto o telhado de azulejos é o panorama de pouco mais de 180º que se tem da torre.

Viena vista da torre sul da Stephansdom

Viena vista da torre sul da Stephansdom

Torres da Votivkirche vistas da torre sul da Stephansdom.

Torres da Votivkirche (Igreja Votiva do Divino Salvador) vistas da torre sul da Stephansdom.

A Stephansdom fica aberta de segunda a sábado, das 6h às 22h. Aos domingos e feriados, das 7h às 22h. A subida à torre sul pode ser feita diariamente das 9h às 17h30. Para mais informações, acesse www.stephanskirche.at.

Dica balao 2De frente para a catedral, assim como em outros pontos turísticos da cidade, encontram-se as fiaker, um tipo de carruagem puxada por dois cavalos. Para quem curte atrações bastante tradicionais – há quem ache brega –, um passeio pomposo a bordo desses vistosos veículos não faz mal, a não ser ao próprio bolso. O trajeto curto, que dura 20 minutos e circula somente na Innere Stadt (Cidade Velha), custa por volta de 55 €. Já o trajeto longo, que custa em torno de 80 € e leva 40 minutos, estende o tour passando pela Rigstrasse, via circular que contorna a Innere Stadt.

Fiaker estacionada na Michaelerplatz

Fiaker estacionada na Michaelerplatz (via Instagram)

Fiaker passando pela Michaelerplatz

Fiaker passando pela Michaelerplatz

Fiaker passando diante do Hofburg

Fiaker passando pelo Schweizerhof (Pátio Suiço), no Hofburg

Rumamos para a Hoher Markt, praça mais antiga de Viena, situada poucos metros à direita da Stephansplatz. Durante a Idade Média, abrigou um dos mercados mais importantes da cidade. Infelizmente não há vestígios de seu passado, o qual cedeu lugar aos edifícios do pós-guerra, à bela Vermählungsbrunnen (Fonte do Casamento) e ao adornado Ankeruhr, um relógio dourado no estilo jugendstil (versão local do art nouveau).

Hoher Markt. Destaque para a Vermählungsbrunnen

Hoher Markt. Destaque para a Vermählungsbrunnen

Ankeruhr

Ankeruhr, na Hoher Markt

Mas a melhor coisa da Hoher Markt é um würstelstand localizado em uma de suas extremidades. Traduzindo para o português, würstelstand significa quiosque de salsicha. O pequeno estabelecimento é especializado na käsekrainer, uma salsicha tipicamente austríaca à base de carne de porco, recheada com queijo emmental e de sabor defumado. É claro que é espetacular!

Käsekrainer servida no würstelsatand da Hoher Markt

Käsekrainer servida no würstelstand da Hoher Markt

Ao invés de comer a käsekrainer acompanhada de uma deliciosa cerveja austríaca, pecamos ao optar por uma tubaína local chamada Almdudler, tão tosca quanto a ilustração de sua lata.

Refrigerante Almdudler

Refrigerante Almdudler

Bem alimentados, continuamos nosso trajeto pelas redondezas seguindo até a Judenplatz, local de uma das maiores e mais importantes comunidades judaicas da Europa na Idade Média. Ali está localizado o Museum Judenplatz, que expõe o dia a dia da comunidade judaica de Viena desde sua fundação até a expulsão dos judeus da cidade em 1421.

Judenplatz

Judenplatz

Também na Judenplatz está o Memorial do Holocausto, um cubo de concreto de 10 metros de comprimento por 7 de largura e 3,8 de altura. O monumento representa uma biblioteca em que os livros estão com as lombadas viradas para dentro. Esses idênticos e repetidos volumes sem identificação simbolizam o vasto número de vítimas do holocausto, bem como a concepção dos judeus como o “Povo do Livro“. Assim como os volumes, as portas do memorial encontram-se invertidas, sem maçanetas ou outro tipo de puxador, sugerindo a possibilidade de ir e vir, mas sem poder abrir.

Memorial do Holocausto

Memorial do Holocausto

Da Judenplatz caminhamos alguns quarteirões até a afamada Kohlmarkt, uma via pedonal ladeada por grifes famosas e tantos outros estabelecimentos voltados para os mais abastados. Pobre, ali, só anda. Se olhar para o lado, tem que pagar, e caro. Requintado que sou, adquiri dois relógios da Breitling, três ternos da Ferragamo, cinco abotoaduras da Tiffany, quatro calças da Gucci e degustei um espresso na exclusiva Demel. Mais adiante a polícia ordenou que eu devolvesse tudo, sendo condenado por 500 anos de serviços forçados para conseguir pagar 1/3 da mercadoria afanada. É óbvio que estou brincando!

Kohlmarkt

Kohlmarkt

A Kohlmarkt liga a Graben à Michaelerplatz (Praça de São Miguel), onde se encontram uma das entradas para o Palácio Imperial de Hofburg e a Michaelerkirche (Igreja de São Miguel), uma igreja católica construída entre 1220 e 1240. 

Michaelerkirche

Michaelerkirche

A poucos metros da igreja, na Habsburgergasse, 10, está uma das atrações mais interessantes da cidade: o Time Travel in Vienna. Trata-se de um museu interativo para todas as idades, que conta a história da capital austríaca por meio de animações em 3D (eles chamam de 5D), exposições multimídia, estátuas articuladas falantes, entre outros efeitos visuais e sonoros. Acertamos ao agendar esse lugar para o primeiro dia da viagem, pois, embora não faça parte do grupo das atrações mais célebres da cidade, no Time Travel in Vienna pudemos entender um pouco mais (no meu caso muito mais) da história local, o que criou ótimas expectativas para os dias que estavam por vir. Para informações sobre funcionamento e valor de ingressos, acesse www.timetravel-vienna.at.

Estátuas falantes do Time Travel in Vienna

Estátuas falantes do Time Travel in Vienna

Atração multimídia do Time Travel in Vienna

Atração multimídia do Time Travel in Vienna

É, mesmo sem uma manhã, aquele dia rendeu bastante! Ainda que o passeio em Viena estivesse excelente, eu não tinha impressões concretas sobre a cidade. Nos poucos quarteirões em que estivemos, vi muita tradição, formalidade, elegância, erudição, vaidade, entre outros elementos ostensivos, mas nem um pouco de lado B, que é bom e não faz mal a ninguém. Para encerrar a jornada daquela quinta-feira, tomamos uma cerveja na Graben e finalizamos com mais bebes e comes no restaurante Vapiano da Herrengsasse, próximo ao Hofburg.

Graben

Graben

Eu e o Élcio, em bar da Graben

Eu e o Élcio, em bar da Graben

SEGUNDO DIA – Sexta-feira (14/3/2014)

Hofburg, Burgtheater, Votivkirche, Sigmund-Freud-Park, Neues Rathaus, Parlamento, Volksgarten, Heldenplatz, Neue Burg, Burggarten, Kaisergruft, Augustiner-Kirche, Österreichische Nationalbibliothek Prunksaal, Griechisch-orientalische Kirchein Österreich, Donaukanal, Kolar

Depois de um ótimo café da manhã, seguimos para o Palácio Imperial de Hofburg, mais conhecido como Hofburg. Tem as suas origens numa fortaleza medieval do século 13, sendo continuamente ampliado até o início do século 20.

Entrada do Hofburg pela Michaelerplatz

Entrada do Hofburg pela Michaelerplatz

Dica balao 2Por 25,50 € compramos um pacote que dava direito a três atrações diferentes: o Hofburg, o Schloss Schönbrunn (Palácio de Schönbrunn) e o Hofmobiliendepot (coleção de móveis imperiais). No Hofburg o tour compreendia o Sisi Museum (Museu de Sissi), os apartamentos reais e a coleção de prataria. Somente o ingresso do Hofburg custaria 11,50 €, o do Schloss Schönbrunn mais 18,50 € e o do Hofmobiliendepot outros 7,50 €. Se tivéssemos adquirido os três bilhetes separadamente, gastaríamos terríveis 37,50 €! Portanto, amigo turista, se for a Viena, opte pelo pacote. Já o Kaiserliche Schatzkammer (Museu do Tesouro Imperial), embora esteja localizado dentro do Hofburg, não estava incluído no pacote, para o qual teríamos que desembolsar mais 12 €. No complexo do palácio também existe a Spanischen Hofreitschule (Escola Espanhola de Equitação), uma das mais antigas e tradicionais escolas de hipismo de Viena, onde os Habsburgo começaram a criar e treinar cavalos puro-sangue vindos da Espanha. Como tudo o que é chique, uma exibição ali custa entre 33,80 e 205,40 . Se lhe interessa, acesse www.srs.at para mais informações.

O Hofburg, que atualmente alberga a sede oficial do Presidente da Áustria, foi a residência principal e centro do poder dos Habsburgo, soberanos do país entre 1278 e 1918. Eu nunca vi um complexo real tão bem servido como aquele! E o tanto de história que se aprende ali?! Confesso que meus conhecimentos sobre a Primeira Guerra Mundial e sobre o Império Austro-Húngaro eram bem escassos. Saí do Hofburg pronto para dar aula.

Schweizerhof (Pátio Suiço), no Hofburg

Schweizerhof (Pátio Suiço), no Hofburg

Guarda do Hofburg, no Schweizerhof (Pátio Suiço)

Guarda do Hofburg, no Schweizerhof (Pátio Suiço)

Minhas impressões de Viena, que no dia anterior eram meio incertas, estavam quase solidificadas graças ao que vi no Hofburg. A Áustria é aquilo ali, pomposa e eminente. Seu atual estilo de vida se deve praticamente à sua história, e o palácio é uma grande parte dela. E para as aspirantes a subcelebridade e as cobiçosas, o Sisi Museum é um prato cheio! Nada como ver de perto a história de Elisabeth da Áustria, que, graças ao seu casamento com o imperador Francisco José I, tornou-se imperatriz consorte da Áustria e rainha consorte da Hungria. Sissi, como era mais conhecida, era linda de morrer e não deixava a peteca da garbosidade cair, mesmo com a vida desgramada que levava na corte. Sua sogra megera, a arquiduquesa Sofia, não largava do seu pé e a aristocracia do palácio reprovava seu estilo de vida. Para piorar, enfrentou vários desastres ao longo da vida, o pior deles o suicídio de seu filho, o príncipe Rodolfo.

Depois de ver tanta riqueza e história, deixamos os museus do palácio e demos continuidade ao roteiro. Passamos pelo Burgtheater, um dos teatros mais importantes do mundo, construído em 1741 a mando da imperatriz Maria Teresa da Áustria. Faz parte do enorme complexo do Hofburg.

Burgtheater

Burgtheater, visto do Volksgarten

A visita ao teatro foi somente por fora. De lá rumamos pela Universitätsring e viramos à esquerda na Universitätsstrasse, de onde avistamos a admirável Votivkirche (Igreja Votiva do Divino Salvador). Por sua beleza, dimensão e estilo, é uma das igrejas católicas mais notáveis do século 19.

Votivkirche

Votivkirche

A construção da Votivkirche foi ordenada por Maximiliano de Habsburgo-Lorena, irmão do imperador Francisco José I, por este ter sobrevivido a um ataque que poderia ter sido mortal, em 1853. Como voto (daí o nome do templo) e oferenda a Deus e ação de graças, Maximiliano, com as doações recebidas de comunidades do Império Austro-Húngaro, erigiu em 1879 a igreja neogótica no local onde a tentativa de assassinado ocorrera. Lindíssima, por sinal.

Votivkirche

Votivkirche

De frente para a igreja, precisamente no Sigmund-Freud-Park, havia um bando de gente desocupada. Era quase meio-dia daquela sexta-feira. Não é possível que faltava serviço por ali! Enfim, serviço tinha de sobra. E céu azul também. Aquele bando de gente OCUPADA é um reflexo da qualidade de vida dos vienenses. Estavam apenas aproveitando uma pequena pausa do dia ensolarado para uma leve fotossíntese. Acredito que a maioria era formada por alunos da Universität Wien (Universidade de Viena), que fica logo ao lado. Se inveja matasse, este post terminaria por aqui.

Sigmund-Freud-Park

Sigmund-Freud-Park

Da Votivkirche seguimos caminhando pela Reichsratsstasse até o fantástico edifício no estilo gótico da Neues Rathaus (prefeitura), construído entre 1872 e 1883.

Neues Rathaus

Neues Rathaus

Não visitamos as instalações da prefeitura. Aliás, nem sei se isso é permitido, mas pudemos caminhar pelo longo corredor que se estende sob sua fachada. Bem no início, na extremidade direita desse corredor, existe um restaurante chamado Wiener Rathauskeller. Curiosos, eu e o Élcio ingressamos no estabelecimento e permanecemos inertes logo na entrada. Naquele momento nos sentimos ainda mais pobres, pois aquele lugar de salas barrocas com mesas impecavelmente ornadas e que oferecem pequenas iguarias tradicionais e buffets requintados certamente não era para nosso bico. Ainda bem que ninguém nos viu ali, assim pudemos sair de fininho. Imagine se um garçom tivesse nos convidado para assentar! O Élcio até conferiu o cardápio e disse que os preços estavam bons, mas não acreditei nisso. Sei lá se ele leu coisa errada! Preferi não dar a cara a tapa. Mas caso você passe por lá e queira arriscar, conte-me como foi. Se realmente for barato, pedirei perdão ao meu amigo e voltarei ao Wiener Rathauskeller tranquilamente, nem que eu tenha que me enfiar num terno para isso.

Corredor da Neues Rathaus

Corredor da Neues Rathaus

De frente para a prefeitura, está o Rathauspark. Infelizmente, encontrava-se fechado para reformas. Impossibilitados de conhecer o parque, seguimos nosso caminho passando pelo edifício do Parlamento e dando uma pausa para relaxar no Volksgarten (Jardim do Povo).

Parlamento austríaco

Parlamento austríaco

O Volksgarten é um parque público. Foi fundado em 1821 e faz parte do complexo do Hofburg. Situa-se na área onde originalmente existiam fortificações, as quais foram destruídas por Napoleão em 1809. É simplesmente maravilhoso! Mais uma vez, meu desdém para com os cidadãos que têm a oportunidade de espairecer tranquilamente ao sol gritava insolentemente. Até hoje não consigo lidar com isso! Como combato essa inveja?! Faço o mesmo no Parque Municipal de Belo Horizonte? Ou tento relaxar na orla da Lagoa da Pampulha? E como faço com as sacolas plásticas, garrafas PET e demais resíduos que encontrarei pelo caminho? Hum, acho que a Praça do Papa é um bom lugar para um banho de sol… E quanto aos sujeitos mal intencionados? Ignoro ou me deixo ser importunado ou extorquido? Quanto dou de trocado aos flanelinhas? Ah, minha terra, até que você tem potencial…

Volksgarten

Volksgarten

Do Volksgarten atravessamos a Heldenplatz (Praça dos Heróis) e fomos ao Neue Burg (Castelo Novo), onde visitamos o Ephesus Museum (Museu de Éfeso) e as coleções de Instrumentos Musicais Históricos e de Armas e Armaduras. Tanto a Heldenplatz e o Neue Burg fazem parte do Hofburg.

Heldenplatz. Neue Burg ao fundo

Heldenplatz. Neue Burg ao fundo

O Ephesus Museum expõe inúmeros objetos descobertos em escavações feitas por austríacos desde 1895 na cidade turca de Éfeso. Parte desses objetos são provenientes da ilha de Samotrácia.

Museu de Ephesus

Museu de Ephesus

A Coleção de Antigos Instrumentos Musicais é fascinante. Possui instrumentos inimagináveis, muitos utilizados por célebres músicos e compositores. Seu instrumentarium de peças da renascença é o mais importante do mundo.

Instrumento da Coleção de Antigos Instrumentos Musicais

Instrumento da Coleção de Antigos Instrumentos Musicais

Já a Coleção de Armas e Armaduras está longe de ser meu tipo de museu predileto, mas tenho que admitir que sua exposição é de tirar o chapéu. Todas as peças, que são verdadeiras obras de arte, estão ligadas, sem exceção, a algum acontecimento histórico notável.

Coleção de Armas e Armaduras

Coleção de Armas e Armaduras

Atrás do Neue Burg está o Burggarten, um jardim construído em 1818 a mando do imperador Francisco I, aberto ao público somente em 1919. E o que é aberto ao público em Viena, você já sabe: o povo se estira pela grama. O Burggarten foi a cerejinha do bolo daquele dia, em que os vienenses, no seu excesso de bem estar à grama, sambaram de salto alto e fino sobre o meu despeito.

Burggarten

Burggarten

Os vienenses não sabem, mas já desisti de viver como eles. Prefiro meus ônibus lotados, minhas ruas sujas e os assaltantes à espreita. E para o governo deles, não tenho jardins maravilhosos em que posso me estirar calmamente ao sol, mas tenho o futebol, o carnaval, a Gisele Bündchen e a alegria de viver (Puts! Exatamente hoje o Brasil perdeu de 7×1 para a Alemanha, aqui ao lado, nas semifinais da Copa do Mundo de 2014).

Ao lado do Burggarten existe um edifício estufa no estilo art nouveau muito bonito, parte integrante do Hofburg. Na sua ala esquerda está localizada a Schmetterlinghaus (Casa Imperial das Borboletas), um borboletário com cerca de 400 espécies vivas pairando livremente entre os visitantes. Preferimos não visitar essa atração, mas muita gente diz que é bem bacana. Ao lado do borboletário, na parte central do edifício, está o Palmenhaus, um café/brasserie/bar que funciona no local desde 1998. É um dos lugares mais badalados da cidade. Os preços eram altos, mas não absurdos. De qualquer forma, preferimos seguir adiante.

Edifício em art nouveau que abriga a Schmetterlinghaus e a Palmenhaus

Edifício em art nouveau que abriga a Schmetterlinghaus e a Palmenhaus

Atrás do edifício estufa está a Galeria Albertina, museu que possui uma das maiores coleções de artes gráficas do mundo, com peças que vão do gótico ao contemporâneo. Obras de expoentes como Dürer, Rembrandt, Rubens, Lorrain, Delacroix, Manet e Cézanne estão expostas ali. Além dessas, obras de artistas modernos como Schiele, Klimt, Kokoschka, Warhol, Rauschenberg e Baselitz complementam a fabulosa coleção. Como nosso foco em Viena era diferente dos propósitos da Galeria Albertina, preferimos não visitá-lo. Tínhamos vários museus agendados no roteiro, portanto achamos melhor não nos empanturrar de arte. Gente erudita é assim (Deus tá vendo…).

Galeria Albertina

Galeria Albertina

Já eram quase três da tarde e estávamos famintos. Almoçamos nas imediações da movimentadíssima Kärntner Strasse. Depois disso caminhamos pelas redondezas, ajudando na digestão. Um café também não seria má ideia, então tomamos um.

Kärntner Strasse

Kärntner Strasse

Dica balao 2Aliás, ir a Viena e não tomar um café é um delito! A cidade é repleta de cafeterias do tipo wiener kaffeehaus (cafés Vienenses), instituição tombada pelo Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade em outubro de 2011. As práticas sociais, os rituais e a elegância dão o tom à atmosfera desses estabelecimentos, que seduzem com uma grande variedade de bebidas à base de café, confeitaria sofisticada e jornais internacionais. Sua decoração é fundamentada na arquitetura historicista, movimento artístico que se ocupa em recuperar e recriar a arquitetura dos tempos passados. Numa kaffeehaus, que os vienenses classificam como uma espécie de “clube democrático”, o cliente pode adquirir um simples café e permanecer no recinto por horas, seja conversando, jogando cartas ou consumindo um número ilimitado de jornais. Segundo o inventário de tombamento, as wiener kaffeehäuser são os lugares onde tempo e espaço são consumidos, mas somente o café vem na conta.

Depois do café seguimos para a Kaisergruft (Cripta Imperial de Viena), localizada sob a Kapuzinerkirche (Igreja dos Capuchinhos), na Tegetthoffstrasse, 2, próximo à Galeria Albertina. Desde 1633 é o principal local de enterro dos Habsburgo austríacos. É muita gente forte sepultada em um só lugar! Abriga 142 corpos de membros da realeza e da aristocracia, além das cinzas de príncipes cremados e das urnas contendo os corações dos corpos que foram embalsamados. Pode parecer uma atração mórbida, mas vale a pena a visita.

Sarcófago do imperador Francisco José I, ladeado pelos de sua esposa, Isabel da Baviera (Sisi), e de seu filho, Rodolfo, na Kaisergruft

Sarcófago de Francisco José I, ladeado pelos de sua esposa, Elizabeth da Áustria (Sissi), e de seu filho, Rodolfo, na Kaisergruft

Da cripta seguimos para uma rápida visita à Augustiner-Kirche (Igreja de Santo Agostinho), situada na Josefsplatz, próximo ao Hofburg. Foi construída no século 14 para ser a paróquia dos Habsburgo.

Augustiner-Kirche

Augustiner-Kirche

Também na Josefsplatz está a Österreichische Nationalbibliothek Prunksaal (Biblioteca Nacional Austríaca), que, como quase tudo que é rico em Viena, pertence ao complexo do Hofburg. Fundada na Idade Média pelos Habsburgo, possui quase 7,5 milhões de registros distribuídos entre diversas coleções. Sua decoração é simplesmente estonteante!

Österreichische Nationalbibliothek Prunksaal

Österreichische Nationalbibliothek Prunksaal

Para informações como horário de funcionamento e compra de ingressos, acesse www.onb.ac.at.

Quando deixamos a biblioteca, era um pouco cedo, por volta das 16h45. Tínhamos ainda disposição para bater perna, então resolvemos caminhar a esmo. Passamos pela exótica Griechisch-orientalische Kirchein Österreich (Igreja Ortodoxa Grega), que é muito bonita por dentro, mas estava fechada.

Griechisch-orientalische Kirchein Österreich

Griechisch-orientalische Kirchein Österreich

Em seguida, caminhamos até o Donaukanal (Canal do Danúbio) e retornamos pela Rotenturmstrasse, onde tomamos um drinque. O Élcio pediu um vinho e eu o coquetel favorito dos vienenses: Aperol Spritz. Aquilo é muito bom!

Chegamos ao hotel, tomamos um banho e rumamos à procura de um bar para passar a noite. Encontramos o Kolar, escondido na Kleeblattgasse, 5, ruela que tem início na Tuchlauben, a um quarteirão da Peterskirche. O Kolar funciona em uma espécie de taverna bastante peculiar, que se diferencia dos bares e restaurantes comumente encontrados naquela parte de Viena. Os preços são bem em conta, a carta de cervejas é excelente e a atmosfera é muito boa. O lugar estava lotado, e embora tivéssemos visto alguns turistas, parece ser frequentado predominantemente por nativos. Não me lembro exatamente da variedade de pratos, mas o carro-chefe do estabelecimento é um pão pita assado na hora, recheado com vários tipos de ingredientes. Pedi um de sour cream com carne moída e tomate. Bom demais!

TERCEIRO DIA – Sábado (15/3/2014)

Maria-Theresien-Platz, Kunsthistorisches Museum, Volkstheater, MuseumsQuartier, Leopold Museum, Naschmarkt, Karlskirche

Começamos o roteiro daquela manhã nublada pela Maria-Theresien-Platz (Praça Maria Teresa), área marcada pela simetria dos edifícios gêmeos que abrigam o Naturhistorisches Museum (Museu de História Natural) e o Kunsthistorisches Museum (Museu de História da Arte), construídos no estilo renascentista.

Maria-Theresien-Platz. Ao fundo, edifício do Naturhistorisches Museum

Maria-Theresien-Platz. Ao fundo, edifício do Naturhistorisches Museum

Monumento a Maria Teresa, na Maria-Theresien-Platz

Monumento a Maria Teresa, na Maria-Theresien-Platz

Depois de uma rápida passada pelo Monumento a Maria Teresa, uma estátua de bronze de 19 metros de altura situada no centro da praça, seguimos para o Kunsthistorisches Museum.

Edifício do Kunsthistorisches Museum

Edifício do Kunsthistorisches Museum

Fiquei horrorizado com a exposição desse museu! Foi inaugurado em 1891 para abrigar a enorme coleção imperial dos Habsburgo. E que coleção! A Galeria de Pinturas é a minha parte favorita. Possui cerca de 1.400 quadros, destacando obras de mestres como Ticiano, Veronese, Tintoretto, Arcimboldo, Caravaggio, Raphael, Brueghel, van Eyck, Rubens, van Dyck, Dürer, Lucas Cranach, Vermeer, Rembrandt e Velázquez.

Galeria de Pinturas, no Kunsthistorisches Museum

Eu, na Galeria de Pinturas, no Kunsthistorisches Museum

A Torre de Babel, do artista belga Pieter Brueghel o Velho, exposta no Kunsthistorishes Museum

A Torre de Babel, do artista belga Pieter Brueghel, o Velho, exposta no Kunsthistorishes Museum

Além da Galeria de Pinturas, visitamos a Coleção de Antiguidades Gregas e Romanas e a Coleção Egípcia e do Oriente Próximo. Espetaculares!

Peças da Coleção de Antiguidades Gregas e Romanas, no Kunsthistorisches Museum

Peças da Coleção de Antiguidades Gregas e Romanas, no Kunsthistorisches Museum (via Instagram)

Sala da Coleção Egípcia e do Oriente Próximo, no Kunsthistorishes Museum

Sala da Coleção Egípcia e do Oriente Próximo, no Kunsthistorishes Museum

Para mais informações sobre o Kunsthistorisches Museum, acesse www.khm.at.

Deixamos para visitar o Naturhistorisches Museum em outra oportunidade. Seguimos então para uma uma rápida visita externa ao Volkstheater, que fica bem perto da Maria-Theresien-Platz. Seu nome é grosseiramente traduzido como Teatro do Povo. Foi fundando em 1889 a pedido dos cidadãos de Viena com a finalidade de oferecer um contrapeso popular ao Burgtheater, o teatro do Hofburg.

Volkstheater

Volkstheater

Ali ao lado, de frente para a Maria-Theresien-Platz, está o MuseumsQuartier, a oitava maior área cultural do mundo. Abriga importantes museus como o Leopold Museum e o MUMOK e oferece um espaço para exibição de arte contemporânea. Possui também um centro de dança internacional, estúdios de produções midiáticas e de arte, cafés, entre outros.

Pátio do Museumsquartier

Pátio do Museumsquartier

Precisávamos editar nosso passeio, então, dentre essa enorme oferta cultural do Museumsquartier, escolhemos visitar somente o Leopold Museum. Eu jamais me perdoaria se tivesse deixado Viena sem conhecer algumas das tantas obras primas do celebérrimo pintor austríaco Gustav Klimt. De suas pinturas expostas nesse museu, destaca-se a A Vida e a Morte.

A Vida e a Morte, do pintor austríaco Gustav Klimt, exposta no Leopold Museum

A Vida e a Morte, do pintor austríaco Gustav Klimt, exposta no Leopold Museum

Além das pinturas de Klimt, o Leopold Museum também é reconhecido pelas obras do artista Egon Schiele.

Deixamos o Museumsquartier debaixo de uma leve chuva e caminhamos três quarteirões da Getreidenmarkt em direção à atração mais esperada do dia: o Naschmarkt, um mercado gastronômico ao ar livre. Sou cada dia mais alucinado pelos mercados municipais e estava crente que no de Viena me esbaldaria numa infinidade de iguarias típicas e de bebidas. Entretanto, a chuva começava a engrossar, e andar pelos corredores abertos do mercado tornou-se muito complicado. Para piorar, o lugar estava abarrotado de gente munida de carrinhos de bebê e enormes guarda-chuvas.

A oferta de estabelecimentos no Naschmarkt é muito boa, mas estava difícil arrumar um lugar para comer. Depois de uma certa procura, finalmente conseguimos sentar a uma mesa no lado de fora de um restaurante do qual não me lembro o nome. Eu estava seco para experimentar o bastante sugerido wiener schnitzel, que aqui no Brasil conhecemos como bife de porco empanado ou à milanesa. Esse prato custava 9 €, um bom preço para o alto padrão vienense. O Élcio pediu costela de porco, que, se não me engano, custou pouco mais de 10 €. Quando fiz meu pedido, o garçom disse que o wiener schnitzel também poderia ser feito com filé, oferecendo-me a troca. Eu disse que sim, que preferia o de boi. Enfim, a carne estava bastante pálida, provavelmente era de porco. Não me importei, erros acontecem.

Wiener schnitzel

Wiener schnitzel servido em restaurante do Naschmarkt

Costela de porco servida em restaurante do Naschmarkt

Costela de porco servida em restaurante do Naschmarkt

Quando abri a conta, deparei-me com um valor de 16,50 €. Chamei o garçom e ele me explicou que o wiener schnitzel de filé custava isso mesmo. Enfim, ignorei a má fé do sujeito por ter me oferecido uma troca sem mencionar que o valor praticamente dobraria, mas fiz questão de mostrar o resto de bife pálido que deixei no meu prato, dizendo educadamente que me serviram porco. Ele fez um comentário de péssimo gosto, pondo minha credibilidade em cheque e superestimando seu profissionalismo.

Saímos do restaurante enfurecidos! Para amainar nossos nervos, dirigimo-nos a uma cafeteria do mercado, afinal um bom espresso neutralizaria qualquer faniquito. Mas um espresso de 5 € só fez aumentar nossa ira. Como assim?! Por acaso, o grão do café foi engolido por uma espécie rara da savana africana, cagado em ninho de cobras debaixo de um baobá de 25 metros de altura e delicadamente moído em moedores de ouro fabricados pelos mestres da ourivesaria do mar Egeu?! É, Viena não é para gente de pouca posse.

Do mercado seguimos para a Karlskirche (Igreja São Carlos). Para chegar até ela, bastaria atravessar a Karlsplatz (Praça Carlos). Simples assim, não fosse a chuva e o vento que soprava cada vez mais forte. No comecinho da travessia pela praça, a ventania não só virou meu guarda-chuva ao avesso como empenou toda a sua estrutura. Naquele mesmo momento passa uma moça ao nosso lado e acontece o mesmo com a sua sombrinha. Até hoje rimos do urro que ela soltou quando isso aconteceu.

Com muita dificuldade chegamos à Karlskirche, igreja barroca construída entre 1716 e 1737. Sua arquitetura é marcada pelas duas enormes colunas frontais esculpidas em baixo relevo e pela belíssima cúpula elipsoidal.

Karlskirche

Karlskirche

Dentro da igreja, bem ao centro, existia um elevador que subia até uma certa altura, de onde os visitantes tinham que completar a ascensão ao topo da cúpula por meio de escadas montadas em uma estrutura improvisada. Acredito que essa estrutura e o elevador eram temporários, pois agrediam visualmente o interior da igreja, que é lindíssimo.

Cúpula da Karlskirche

Cúpula da Karlskirche

Detalhe do afresco da cúpula da Karlskirche

Detalhe do afresco da cúpula da Karlskirche

Deixamos a Karlskirche – a chuva havia diminuído bastante – e seguimos para a Wiener Staatsoper (Ópera Estatal de Viena), situada ali perto. Adiantando o final da história, visitamos esse teatro (felizmente!), mas não naquela tarde. A chuva, o frio, a canseira de andar contra o vento e a vontade constante de ir ao banheiro (número 1), foram minando nossos ânimos. Então, antes mesmo de chegar ao teatro, decidimos ir embora descansar.

Edifício da Wiener Staatsoper

Edifício da Wiener Staatsoper

À noite procuramos por bares nas proximidades do hotel. Embora estivéssemos hospedados no melhor ponto da cidade, estávamos longe do tipo de badalação noturna de que gostamos. A formalidade da Innere Stadt não dava muito espaço para um entretenimento mais despojado ou alternativo, então acabamos frequentando alguns bares comuns. Ficamos até surpresos com o movimento: era sábado à noite e as ruas estavam vazias. Hoje estamos certos de que o melhor da cidade acontece fora da Ringstrasse. Por falar nisso, veja o episódio sobre Viena do programa O Mundo Segundo os Brasileiros, exibido na Band. Se tivesse sido mostrado antes da nossa viagem, teríamos aproveitado muitas dicas dadas pelos brasileiros.

QUARTO DIA – Domingo (16/3/2014)

Schloss Belvedere, Russisch-Orthodoxe Kathedrale zum Heiligen Nikolaus, Stadtpark, Hundertwasserhaus, Donaukanal, Prater

A chuva havia cessado naquela manhã, mas o vento era assustador. Começamos a jornada visitando o Schloss Belvedere (Palácio Belvedere), um complexo dividido em duas partes: o Unteres Belvedere (Belvedere Inferior) e Oberes Belvedere (Belvedere Superior).

Oberes Belvedere, no Schloss Belvedere

Oberes Belvedere, no Schloss Belvedere

Na sua inauguração, em 1716, existia somente o Unteres Belvedere, um palácio barroco construído pelo príncipe Eugênio de Saboia. De 1720 a 1723 foi construído o outro edifício, maior e na parte mais alta do complexo. Anos mais tarde a imensa propriedade foi vendida a Maria Teresa da Áustria.

Oberes Belvedere, no Schloss Belvedere

Oberes Belvedere, no Schloss Belvedere

Não preciso nem dizer o quanto o complexo é suntuoso! Não bastasse o luxo dos dois edifícios, ambos abrigam exposições de obras de arte refinadíssimas. Sem falar dos esplendorosos jardins que compõem a propriedade.

Jardins do Schloss Belvedere. Ao fundo, está o Unteres Belvedere

Jardins do Schloss Belvedere. Ao fundo, está o Unteres Belvedere

Dos palácios escolhemos visitar somente o Oberes Belvedere. Mais uma vez deleitei-me diante de mais pinturas de Gustav Klimt. Ali estão expostas O Beijo e Judith I. Além das de Klimt, pude ver obras de grandes mestres das artes medieval, barroca, romântica, impressionista, modernista, entre outras.

Para mais informações como horários e datas de funcionamento e meios de transporte, acesse www.belvedere.at/en.

Deixamos o complexo pela saída do Unteres Belvedere, na via Rennweg. No caminho até o Stadtpark, próxima atração do roteiro, o Élcio sugeriu que entranhássemos pelas ruas das redondezas. Vimos uma igreja bem bonita na Jauresgasse, 2, então resolvemos conhecê-la. Tratava-se da Russisch-Orthodoxe Kathedrale zum Heiligen Nikolaus (Catedral Ortodoxa Russa de São Nicolau). Logo na entrada passamos por vários cidadãos que pediam esmolas, e quando tentamos ingressar na nave principal, sentimo-nos um pouco constrangidos. Ninguém nos disse nada ou nos olhou de forma repreensiva, mas, mesmo assim, preferimos não ir adiante. A igreja não é turística e talvez nossa curiosidade pudesse incomodar. De qualquer forma, valeu a visita por fora.

Russisch-Orthodoxe Kathedrale zum Heiligen Nikolaus

Russisch-Orthodoxe Kathedrale zum Heiligen Nikolaus

O vento estava cada vez mais forte. Além do frio que provocava, sentíamos dificuldades de andar, seja pela força da ventania ou pela poeira que se espalhava, atingindo nossos olhos. Era comum a cena de bicicletas caídas pelas ruas. Vimos até uma scooter no chão.

Scooter derrubada pelo vento (via Instagram)

Scooter derrubada pelo vento (via Instagram)

Nessas condições climáticas, chegamos ao Stadtpark, um grande parque municipal de 65.000 m².

Stadtpark

Stadtpark

O Kursalon, edifício no estilo renascentista italiano, é uma das atrações do Stadtpark. Foi construído entre 1865 e 1867. Em 15 de outubro de 1868, o célebre músico austríaco Johann Strauss deu ali seu primeiro concerto. Desde então o Kursalon tornou-se um palácio destinado a concertos e a outras formas de entretenimento.

Relógio Floral e Kursalon, no Stadtpark

Relógio Floral e Kursalon, no Stadtpark

A atração mais fotografada do Stadtpark é a estátua em bronze de Strauss. Outras esculturas retratando artistas famosos são encontradas em diversos pontos do parque.

Monumento a Johann Strauss, no Stadtpark

Monumento a Johann Strauss, no Stadtpark

Deixamos o Stadtpark pela entrada da Johannesgasse. Seguimos caminhando até a Am Heumarkt praticamente inclinados de tanto esforço que fazíamos contra o vento. Era surreal! Nessa curta caminhada, enquanto o vento fazia-nos tropeçar empurrando nossas canelas umas contra as outras, presenciamos algumas cenas inusitadas: um casal passeando com um carrinho de bebê (quanta responsabilidade!), um jovem que perdia a batalha contra a ventania, sendo empurrado para trás, e um casal de idosos agarrados a um poste na esquina das ruas Johannesgasse e Am Heumarkt. Aproximamo-nos dos velhinhos e o Élcio ofereceu ajuda. O senhor, que tinha uns 90 anos, agarrou o braço do meu amigo com uma força descomunal, de tão assustado que estava. Seguimos até a casa deles, a poucos quarteirões dali. Se eles não tivessem recebido auxílio, acredito que teriam caído assim que largassem o poste. Será que eles e os demais cidadãos que trafegavam normalmente pelas ruas estavam acostumados com aquilo? Até lembrei-me da Cristal, a pinscher seca e chata da minha irmã. Teria sido levada longe!

A próxima atração do roteiro seria o Hundertwasserhaus, um prédio residencial de arquitetura bastante singular. Não tínhamos outra escolha, senão continuar lutando contra o vento, pois estávamos indo a pé. No meio do caminho, não resistimos e tivemos que dar uma pausa. Entramos em um restaurante quentinho e aproveitamos para almoçar, esperando até que o tempo melhorasse. Logo que notamos que as pessoas caminhavam na rua com menos dificuldade, deixamos o restaurante e continuamos nosso trajeto até o Hundertwasserhaus.

Hundertwasserhaus

Hundertwasserhaus

Localizado na esquina das ruas Kegelgasse e Löwengasse, o colorido complexo residencial foi criado pelos arquitetos austríacos Friedensreich Hundertwasser e Joseph Krawina, coautor do projeto. Durante a concepção, Hundetwasser vislumbrou uma “casa para seres humanos e árvores”, conforme descreveu anos mais tarde num texto intitulado “Arborização da Cidade”. O edifício foi construído entre 1983 e 1985 e hoje é uma das atrações mais badaladas de Viena.

De frente para o Hundertwasserhaus, está a Hundertwasser Village, uma pequena galeria estruturada com um café e algumas lojas de souvenir. Depois de uma rápida passada por lá, seguimos em uma caminhada pelo Donaukanal (Canal do Danúbio) em direção ao parque de diversão Prater. Eu achei que o trajeto seria curto, mas andamos um bocado. Mesmo que o canal oferecesse uma paisagem urbana maravilhosa, a minha vontade de ir ao banheiro (número 1) impediu que eu curtisse cada metro percorrido. Nunca senti tanta vontade de fazer xixi na minha vida! Cheguei ao ponto de deixar o Élcio para trás e começar a correr atrás de um banheiro. Adivinha onde achei um! No próprio Prater.

Donaukanal

Donaukanal

No parque de diversão, nosso foco era somente a Wiener Riesenrad, uma monumental roda gigante de 64,75 m de altura construída em 1897 para celebrar o Jubileu de Ouro de Francisco José I. É uma das principais – senão a principal – atrações de Viena.

Wiener Riesenrad

Wiener Riesenrad

Infelizmente estava fechada, talvez por causa do mau tempo. Minha frustração atingiu níveis estratosféricos! Complementando a cena de desolação protagonizada por mim, o vento soprava uma poeira infernal. Chegar à estação de metrô foi um martírio! Cristo, que ventania era aquela?! A título de curiosidade, dias mais tarde, a Barbara, uma garçonete francesa simpaticíssima, deu uma explicação interessante para o fenômeno. Por causa da Grande Peste de Viena, uma epidemia que fez 76.000 vítimas em 1679, a cidade passou a ser desenvolvida de forma que suas ruas e percursos urbanos servissem como canais de vento, varrendo a bactéria Yersinia pestis, causadora da peste negra, para fora da cidade.

Pegamos o metrô na estação Praterstern e fomos para o hotel. À noite enchemos a cara não me lembro onde. Estávamos muito cansados para fazer anotações no diário ou check-ins no Foursquare. Nosso lema era cometer excessos, afinal estávamos merecendo.

QUINTO DIA – Segunda-feira (17/3/2014)

Schloss Schönbrunn, Mexikoplatz, Franz-von-Assisi-Kirche, Rio Danúbio, Kaisermühlen, Loos-Bar, Le Bol, Wiener Würstl

Acordamos, tomamos um belo café da manhã e seguimos direto para o Schloss Schönbrunn (Palácio de Schönbrunn). O ingresso, conforme contei, foi adquirido no Hofburg. O palácio fica afastado do centro da cidade. Para chegar lá, pegamos a linha U4 (verde) do metrô e descemos na estação Schönbrunn.

Schloss Schönbrunn

Schloss Schönbrunn

Originalmente o palácio foi construído entre 1638 e 1643 para ser a residência da imperatriz Eleonora Gonzaga. Contudo, sua forma atual, bem mais extravagante, foi definida em 1743 a mando de Maria Teresa para ser a residência de verão da família imperial austríaca. Mais uma vez a mandona bonitona brilhou na soberba.

Uma das principais atrações do parque palaciano é o Tiergarten Schönbrunn, o mais antigo jardim zoológico do mundo. Mas preferimos não visitá-lo, pois o complexo do Schönbrunn é imenso e tínhamos que sumarizar nosso passeio. Outra atração bacana de lá é o labirinto público, localizado nos jardins do palácio. Mas, por algum motivo que desconhecemos, estava fechado.

Começamos a visita pelo próprio palácio, conhecendo os cômodos onde os Habsburgo viviam em grande estilo. Já estive em palácios como o de Versalhes, o Real de Madrid, o Nacional da Ajuda, o Real de Amsterdam e o Dolmabahçe. Em todos eles e no Schönbrunn, resmunguei: “É muito gasto! É muito dinheiro!” Impressionantemente me dou ao trabalho de esbulhar minha alma de turista para abrir um breve parêntese no passeio e pregar um discurso “otimizador”! Neste blog, num comentário postado por um leitor sobre a viagem que fiz a Madri no ano passado, fui chamado de “cristão-esquerdista-socialista” por falar da relação do artista Romero Britto com os processos de reprodutibilidade técnica. Para evitar que esse ou algum outro leitor me “ataque” com o mesmo tipo de comentário, explico minha posição em relação ao Schönbrunn dizendo que me incomodaria ter um espaço monumental com regalias e serviços me atendendo 24/7. Isso cansa e custa muito! Não é uma questão de inveja ou um manifesto igualitário, mas uma análise acerca do que a ostentação imperial poderia provocar na opinião pública, porque era o povo quem financiava a mordomia dos Habsburgo. E sem a intenção de defender o cristianismo, é paradoxal chamar-me pejorativamente de cristão após ter lido (e gostado!) o post sobre Madri, cidade desenvolvida religiosa, cultural e politicamente nos moldes do cristianismo. Enfim, fechemos o parêntese da minha resmungação contra o desperdício, afinal o Palácio de Schönbrunn é maravilhoso e atração imperdível em Viena.

Najaden-bassin (Bacia de Náiade), no Schloss Schönbrunn

Najaden-bassin (Bacia de Náiade), no Schloss Schönbrunn

Passagem no Kammer-garten (Jardim da Câmara), no Schloss Schönbrunn (via Instagram)

Passagem no Kammer-garten (Jardim da Câmara), no Schloss Schönbrunn (via Instagram)

Schloss Schönbrunn, visto do alto da colina

Schloss Schönbrunn, visto do alto da colina

Depois de conhecer o interior do palácio, rumamos em direção à Gloriette, uma arcada erguida em 1775 no alto da colina do parque palaciano. Nos tempos imperiais era usada como salão de jantar e de festas. Francisco José I fazia sua refeição matinal ali. Hoje a arcada abriga um belíssimo café e um mirante com uma vista magnífica.

Gloriette

Gloriette, no Schloss Schönbrunn

Descemos a colina e visitamos algumas atrações das dependências do Schönbrunn, com destaque para a Neptunbrunnen (Fonte de Netuno), a Obeliskbrunnen (Fonte do Obelisco), as Römische Ruine (Ruínas Romanas), a Taubenhaus (Gaiola dos Pombos) e o Kronprinzengarten (Jardim Privado).

Neptunbrunnen, no Schloss Schönbrunn

Neptunbrunnen, no Schloss Schönbrunn

Obeliskbrunnen, no Schloss Schönbrunn

Obeliskbrunnen, no Schloss Schönbrunn

Römische Ruine, no Schloss Schönbrunn

Römische Ruine, no Schloss Schönbrunn

Uma das entradas do Kronprinzengarten, no Schloss Schönbrunn

Uma das entradas do Kronprinzengarten, no Schloss Schönbrunn (via Instagram)

Do palácio pegamos o metrô e descemos na estação Vorgartenstrasse, no outro lado da cidade, a poucos metros da Mexikoplatz (Praça do México). Pela primeira vez na cidade, sentimos um contraste social. Naquela região a população é mais simples e o estilo de vida é bem menos luxuoso.

A Mexikoplatz recebeu esse nome em 1956 em homenagem ao México, que foi o único país a apoiar a Áustria na batalha contra a anexação desta pelo partido nazista alemão, em 1938. Em um lado da praça, está a Franz-von-Assisi-Kirche (Igreja de São Francisco de Assis), uma igreja católica construída entre 1898 e 1910. Não é suntuosa como as demais catedrais vienenses, mas muito bela, mesmo assim.

Franz-von-Assisi-Kirche, na Mexikoplatz

Franz-von-Assisi-Kirche, na Mexikoplatz

Estávamos praticamente às margens do Danúbio. Finalmente eu iria atravessar o rio ao som (imaginário) da famosa composição de Strauss. Aliás, minto! Já não aguentávamos mais ouvir Danúbio Azul ou qualquer outra música consagrada de um compositor austríaco. Fosse no café da manhã, no almoço, nas praças ou nos banheiros, lá estava uma caixa de som entoando uma valsa ou qualquer outra sinfonia primorosa. Parecia lavagem cerebral para que os turistas consumissem Viena a todo custo. Em suma, antes valsa do que pagode, axé, sertanejo etc.

Atravessando o Danúbio pela Reichsbrücke (Ponte do Império), senti-me um pouco decepcionado. Aquela parte do rio não oferece um panorama digno de uma valsa vienense. Ele é amplo, limpo e imponente, mas, diferentemente do trecho que percorre em Budapeste – cidade em que estivemos dias mais tarde –, naquele ponto de Viena suas margens possuem uma paisagem comum e pouco inspiradora. Certamente não eram as águas veneradas por Strauss.

Rio Danúbio visto da Reichsbrücke

Rio Danúbio visto da Reichsbrücke

No outro lado do rio, encontra-se o bairro Kaisermühlen, centro financeiro de Viena, constituído de edifícios modernos e de áreas residenciais que se opõem à arquitetura clássica predominante na cidade. Nele também estão a Donauturm (Torre do Danúbio), o Donaupark (Parque do Danúbio), o Vienna International Centre, entre outros.

Kaisermühlen, centro financeiro de Viena

Kaisermühlen, centro financeiro de Viena

Caminhamos um pouco pelo bairro até a estação Alte Donau, onde pegamos o metrô e fomos embora. Eu estava arado atrás de um café e de uma torta doce, então, antes de seguir para o hotel, tomamos um espresso no Café de l’Europe, localizado na Graben. Junto devorei uma torta de frutas vermelhas.

Espresso, no Café de l'Europe

Espresso, no Café de l’Europe (via Instagram)

Torta de frutas vermelhas, no Café de l'Europe (via Instagram)

Torta de frutas vermelhas, no Café de l’Europe (via Instagram)

À noite não iríamos muito longe, pois no dia seguinte teríamos que acordar cedo para uma viagem do tipo bate-volta a Batislava. Nessa curta noitada, fomos ao Loos American Bar, localizado na Kärntner Strasse, 10, a dois quarteirões do hotel. Como era caro! Muito caro! Caríssimo! Tomamos uma cerveja e cascamos fora. Insatisfeitos, fomos ao Le Bol, um restaurante de cozinha típica da França com preços amigáveis. Seria injusto deixar de destacar o ótimo atendimento da agradabilíssima Barbara, garçonete francesa com quem conversamos por um bom tempo. O estabelecimento fica na Neuer Markt, 14.

A comida do Le Bol estava ótima, mas acredite: ainda tínhamos apetite. O Élcio tinha mais ainda, pois não comeu quase nada no jantar. Para encerrar a noite com chave de ouro, degustamos saborosas salsichas em um würstelstand de sugestivo nome genérico Wiener Würstl (salsichas vienenses), situado na Seilergasse, a poucos metros da Graben.

Salsichas do Wiener Würstl, na Seilergasse

Salsichas do Wiener Würstl, na Seilergasse

SEXTO DIA – Terça-feira (18/3/2014)

Bratislava, Bockshorn Irish Pub

Quem vai a Viena não pode deixar de dar uma passada em Batislava, capital da Eslováquia, situada na fronteira com a Áustria e com a Hungria. Reservamos apenas um dia para passear por lá, mas dois teriam sido de ótimo tamanho.

Bratislavský hrad (Castelo de Bratislava), em Bratislava

Bratislavský hrad (Castelo de Bratislava), em Bratislava

Dica balao 2Partindo de Viena, pode-se ir a Bratislava de três formas: trem, barco ou ônibus. Os trens saem da estação Wien Hbf de hora em hora, e a viagem dura em torno de 50 minutos. As passagens de ida e volta podem ser compradas pelo site da companhia ferroviária austríaca ÖBB (www.oebb.at). Ir de barco é mais caro, mas deve ser bem interessante, pois o trajeto é feito pelo Rio Danúbio. A Twin City Liner (www.twincityliner.com) e a Lod (www.lod.sk) são as duas principais companhias que oferecem esse tipo de serviço. A viagem é feita em barcos de alta velocidade e pode durar entre 1h15 e 1h40, dependendo da rota a ser seguida. Mas preferimos ir de ônibus, opção mais barata. O Élcio comprou as passagens de ida e volta antecipadamente pelo site da companhia Slovak Lines (www.slovaklines.sk). Embarcamos na rodoviária que fica na saída da estação de metrô Hauptbahnhof. O ônibus era bem confortável e tinha wi-fi grátis. Partimos de Viena às 8h e chegamos a Bratislava às 9h20.

Clique aqui e leia sobre nossa bela jornada na capital da Eslováquia.

À noite, já de volta a Viena, fomos a um pub irlandês chamado Bockshorn Irish Pub, situado numa ruela sem saída chamada Körblergasse. Essa pequena via é um braço da Naglergasse, rua que se inicia na Graben (extremidade oposta à Catedral de Santo Estêvão).

Bockshorn Irish Pub

Bockshorn Irish Pub

O bar é pequeníssimo, mas bem bacana. Não há um pedaço do teto ou da parede que esteja descoberto. Praticamente todo o estabelecimento está tapado com canecas, copos, taças, quadros, garrafas ou outro tipo de quinquilharia de dar gosto em qualquer acumulador. Tenho dó somente de quem faz a faxina e tem que tirar poeira daquilo tudo.

Bockshorn Irish Pub

Bockshorn Irish Pub

O Bockshorn serve ótimas cervejas, sejam engarrafadas, em lata ou no bico, além de sidra, uísque e outros destilados. Tira-gosto, só se for salgadinho industrializado, pois o bar não possui serviço de cozinha.

Bockshorn Irish Pub

Bockshorn Irish Pub

Naquela noite tivemos sorte. O lugar estava bem vazio e conseguimos um bom lugar no balcão. No dia anterior até tentamos ir lá, mas era Dia de São Patrício, famoso Saint Patrick’s Day, data em que os maiores beberrões irlandeses se tornam ainda mais beberrões e barulhentos. Era impossível chegar próximo à entrada do pub.

Como nem tudo é perfeito, é permitido fumar no interior do Bockshorn. A clientela caprichava no cigarro!

SÉTIMO E ÚLTIMO DIA – Quarta-feira (19/3/2014)

Naturhistorishes Museum, Wiener Staatsoper, Prater, Wiener Riesenrad, Bockshorn Irish Pub

Reservamos o último dia para fazer o que nos desse na cachola. Já tínhamos conhecido bastante coisa em Viena, então nos concedemos uma “jornada curinga” para rodar pela cidade sem muito ou quase nenhum planejamento.

Acordamos um pouco mais tarde e seguimos direto para a Maria-Theresien-Platz, que, como eu já disse, abriga os edifícios gêmeos sedes do Kunsthistorisches Museum (Museu de História da Arte) e do Naturhistorisches Museum (Museu de História Natural). No terceiro dia em Viena, visitamos o primeiro museu e ficamos encantados, então era hora de saber se a coleção do Museu de História Natural impressionava tanto quanto.

Fachada do Naturhistorishes Museum

Fachada do Naturhistorishes Museum

Ficamos abismados com o nível do museu! A todo momento indagávamos sobre o tempo e o esforço necessários para construir todo aquele patrimônio. Quantos biólogos, geógrafos, paleontólogos, astrônomos e outros cientistas do tipo trabalharam ali para atingir o nível de excelência da exposição! E olha que os museus de história natural não figuram na minha lista de atrações favoritas. Aliás, a ida ao Naturhistorishes Museum nem estava prevista no nosso roteiro, embora seja sugerida em vários sites e blogs de turismo. Como aquele era um “dia curinga” e tínhamos tempo de sobra, resolvemos conhecer o lugar.

Exposição do Naturhistorishes Museum

Exposição do Naturhistorishes Museum

Exposição de pedras preciosas, no Naturhistorishes Museum

Exposição de pedras preciosas, no Naturhistorishes Museum

O Museu de História Natural possui mais de 30 milhões de objetos, e esse número não para de crescer. Nos bastidores, sua equipe de cientistas tem à disposição 25 milhões de espécies e artefatos que servem como base para pesquisas sobre as origens do Sistema Solar, a evolução dos animais e plantas, as tradições e os costumes pré-históricos, entre outros.

Sala do Dinossauro, no Naturhistorishes Museum

Sala do Dinossauro, no Naturhistorishes Museum

Ir a Viena e não conhecer o Naturhistorishes Museum é um crime turístico! Portanto, amigo viajante, mesmo que você não se interesse pelo tema, indico esse passeio. Vá com suas crianças, com seus filhos adolescentes, com seus pais idosos ou com qualquer um de seus amigos. Duvido que alguma dessas pessoas irá sair de lá desagradado ou indiferente.

Satisfeitos por termos conhecido esse museu, continuamos nosso passeio descompromissado. Almoçamos, andamos mais um pouco e acabamos na Wiener Staatsoper (Ópera Estatal de Viena). Lembra que no sábado, vencidos pelo cansaço provocado pela chuva e pelo vento, deixamos de ir lá? Pois é, o momento certo havia chegado. Eram 14h30, e um tour guiado pelas instalações do teatro estava prestes a começar.

Escadaria central da Wiener Staatsoper

Escadaria central da Wiener Staatsoper

A Wiener Staatsoper é maravilhosa! E não é por menos. Com toda a cultura musical erudita da Áustria, é de se esperar que naquela cidade exista uma instituição do tipo. Produz cerca de 200 espetáculos por ano, atividade que demanda por uma estrutura de mais de 1.000 funcionários. Naquele dia seria exibida La bohème, uma ópera em quatro atos do compositor italiano Giacomo Puccini.

Cenário do espetáculo La bohème sendo montado no palco da Wiener Staatsoper

Cenário do espetáculo La bohème sendo montado no palco da Wiener Staatsoper

Assistir a um espetáculo ali não é tão simples. Os vienenses são fissurados por ópera, então os melhores assentos se esgotam muitos meses antes. É possível comprar ingressos nos momentos que antecedem uma apresentação, mas o espectador terá que se contentar com um lugar de pouquíssima visibilidade para o palco e ainda ficar de pé.

Auditório da Wiener Staatsoper

Auditório da Wiener Staatsoper

Para verificar os horários das visitas guiadas ao teatro, bem como comprar ingressos para os espetáculos, acesse www.wiener-staatsoper.at.

Assim que deixamos a Ópera Estatal de Viena, mais que imediatamente postei as mãos ao Élcio e supliquei por um retorno à Wiener Riesenrad, a tradicionalíssima roda gigante do Prater. Eu estaria sofrendo de recalque homérico se tivesse ido embora de Viena sem conhecer um de seus maiores ícones.

Wiener Riesenrad

Wiener Riesenrad

Prater (via Instagram)

Prater (via Instagram)

Conforme já descrevi, a Wiener Riesenrad foi construída em 1897 para celebrar o Jubileu de Ouro de Francisco José I. Na Segunda Guerra Mundial, grande parte de suas cabines e instalações técnicas foi destruída pelo fogo e pelas bombas. Após o incidente, a roda gigante foi reformada e voltou a funcionar, tornando-se um dos símbolos da reconstrução de Viena.

Wiener Riesenrad

Wiener Riesenrad

Passear na Wiener Riesenrad foi o máximo! Ela gira bem devagar, fazendo pausas para que os visitantes apreciem o belíssimo panorama vienense. Lá de cima, numa deliciosa retrospectiva da nossa estadia na cidade, pude contemplar praticamente todos os lugares onde estivemos. Não havia atração melhor para o último dia na capital austríaca!

Viena vista da Wiener Riesenrad

Viena vista da Wiener Riesenrad

Eu andava pela cabine como um rato, provavelmente incomodando os outros passageiros. Trançava ligeirinho de um canto ao outro à procura da melhor fotografia.

Viena vista da Wiener Riesenrad

Viena vista da Wiener Riesenrad

Além das convencionais, a Wiener Riesenrad oferece sete cabines luxuosamente mobiliadas para atender a eventos especiais, onde se podem celebrar desde propostas de casamento a festas infantis. A administração do brinquedo afirma que essas cabines também são ótimos locais para se fazerem apresentações, coletivas de imprensa, almoços de negócio, entre outros. Será? Enfim, amigo turista, se fazer um giro panorâmico enquanto festeja com elegância é algo que lhe apetece, acesse www.wienerriesenrad.com e garanta sua cabine privé.

Wiener Riesenrad. À frente, cabine destinada a eventos especiais

Wiener Riesenrad. À frente, cabine destinada a eventos especiais

Da roda gigante fomos a outros brinquedos do parque. Por pouco não processei três gerações do engenheiro da montanha russa Volare, na qual fui submetido a vários testes fisiológicos. O trem chacoalhou tanto que não sei como não quebrei os dentes! Em algumas partes do percurso dessa atração satânica, sofri uma pressão enorme na cabeça, sentindo que um derrame cerebral estava prestes a acontecer. Vi a vó pela greta! Mas foi divertido, mesmo assim.

Prater

Prater

O Prater foi nosso último passeio em Viena. De lá retornamos ao hotel para arrumar as malas, pois partiríamos para Budapeste às 12h do dia seguinte.

À noite voltamos ao Bockshorn Irish Pub para nos despedir da cidade. No dia anterior o pub estava vazio, talvez por causa da ressaca do Saint Patrick’s Day, mas naquela quarta-feira estava bem mais movimentado. Tinha irlandês escapando pelo ladrão. Como faziam barulho! Assim como eles, mas de uma forma bem mais contida, enchemos a cara e fomos embora.

Conhecer Viena foi muito bom. De certa forma, minhas expectativas não foram atendidas, porque eu esperava por algo que não tinha nada a ver com a cidade. Venturosamente nem sempre isso é ruim. Pelo contrário, ser pego de surpresa assim é extasiante! Enquanto eu procurava superar o “mal-entendido”, Viena me esbofeteava com a intensidade de sua história e com a sofisticação de sua cultura. Tinham dias em que eu e o Élcio nos sentíamos dois trastes diante de tanta exuberância, mas bastava olhar para o lado e ver que havia outros turistas tão “mal vestidos” como nós. Obviamente estou exagerando, mas vez ou outra sofríamos um leve surto de submissão. Inglórios ou não, em Viena fomos tratados a pão de ló, porque ser cortês também faz parte da afluência austríaca.

Um dia volto lá para mais história, mais cafés nas kaffeehaus e, quem sabe, dignificar-me com um espetáculo na Ópera Estatal. Para isso, poderei até carregar na mala algumas peças de roupa mais “responsáveis”, mas jamais irei negligenciar as camisetas de malha e as calças de tecido duro, porque é nelas que irei derramar cada gota de cerveja e de Aperol Spritz e limpar a mão suja de gordura proveniente das suculentas salsichas vienenses, afinal de contas sou turista e tenho licença poética para ser desarrumado.

Fui e vou voltar - Alessandro Paiva

contato@fuievouvoltar.com


Para ajudá-lo no planejamento do seu roteiro, marquei no mapa abaixo as atrações discorridas neste post e algumas não visitadas. Acesse o mapa e escolha os pontos turísticos desejados. Não se esqueça de calcular o tempo de permanência em cada local, levando em consideração se a visita é interna ou somente externa. Para visualizar o mapa no Google Maps, clique em “View Larger Map“.

Sobre Alessandro Paiva

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Um Comentário

  1. Alessandro, bom demaaaais o seu relato!!! Vou dissecar seu post inteirinho, estamos indo a Viena próximo mês (mas vamos passar apenas 3 dias porque o orçamento não dava, rsss). Obrigada pelo post maravilhoso! Talvez volte aqui para fazer umas perguntinhas 😉

    • Alessandro Paiva

      NOSSA, QUANTA HONRA! A escritora de um dos melhores blogs de turismo/cultura/lazer está usando o meu blog para planejar uma viagem, rsrsrs! Muito obrigado pelo comentário :-). E prepare-se para o tanto de brasileiro que irá visitar o http://www.agendaberlim.com ! Depois do 7×1, os brasileiros estão sofrendo da Síndrome de Estocolmo, rsrsrs! Mas é sério, os alemães estão sendo tão bacanas e solidários que ganharam a simpatia do Brasil inteiro.

      Abraço e, mais uma vez, muito obrigado 🙂

      • Nossa, só vi agora sua resposta! Queria eu ser metade do que você disse! rss
        Eu amo os seus relatos!!
        Adorei te conhecer pessoalmente! Beijão querido!

  2. Eliane Alvarenga

    Adoro seus relatos de viagens,são muito explicativos e otimo de se ler.Ja viajei algumas vezes para a Europa mas nunca conheci tanta coisa igual a voces,talvez porque não aguente andar tanto pois estou na terceira idade,Porem tenho muita vontade de voltar á Paris e outros paises acima de paris.Ja li todos os seus roteiros e fico encantada com sua maneira de contar os “causos”.Gostei de saber que vc é de BH,minha cidade e que vc poderia ser meu filho.Obrigada e um abraço!

    • Alessandro Paiva

      Oi, Eliana! Muuuuito obrigado! Comentários como o seu me fazem querer viajar mais e querer compartilhar minhas ideias. Obrigado mesmo, de coração :-). E jamais deixe que a idade impeça você de conhecer o mundo. Seja a pé, de ônibus, de táxi, na garupa de uma bicicleta, somos todos infinitamente jovens diante de tanta história que esse mundo tem para nos mostrar. Se te der vontade de viajar, seja a Paris ou Guara-paris (rsrsr!), arrume as malas, leve os remédios (eu faço assim) e pé no mundo!

      Abraço 🙂

  3. Oi, Alessandro. Amei seu blog. Vou a Viena em Outubro e ele vai me ajudar. E com o mapa então…Gostaria de ter acesso ao mapa de Viena. Obrigada. Gilda.

    • Alessandro Paiva

      Oi, Gilda! Muito obrigado 🙂 Enviei o link do mapa para seu e-mail. Aproveite bastante em Viena.

      Abraço e ótima viagem!

      • Olá Alessandro! Obrigada pela partilha!O meu nome é Patrícia Matos, e eu e o meu namorado vamos a Viena em Agosto..achas que me podes enviar o mapa para o meu email? ( ana.pat.rib.matos@gmail.com)

      • Alessandro Paiva

        Oi, Patrícia! Eu é que agradeço pela visita ao blog 🙂 O mapa agora pode ser visualizado no final do post. Dê uma conferida.

        Abraço e ótima viagem!

  4. Maria Geralda Guzzo

    Olá Alessandro. Adorei seu blog,parabéns!!!! Eu e meus filhos iremos para Viena nas férias, gostaria de saber um pouquinho mais sobre a casa de Freud, é permitido fotografar em seu interior?
    Obrigada!!
    Abraços

    • Alessandro Paiva

      Oi, Maria Geralda! Muito obrigado 🙂 Eu não fui à casa de Freud (me arrependo disso!), mas acredito que não se pode fotografar lá dentro. Na casa de Mozart não é permitido, então acredito que na de Freud também não seja.

      Abraço e ótima viagem para vocês!

  5. alexandre

    Que lugar terrível! Feio de dar dó!!! Deve dar até depressão!
    Como sempre, seu relato é uma delícia de ler! Conheço um grupinho de pessoas que foi para Viena ou Praga (eu também misturo as duas no meu imaginário) e no primeiro dia, depois de muita andança, viram o cardápio de um restaurante super chique e entraram. “Nossa, é bem barato”, alguém disse. O garçom os olhou da cabeça aos pés se perguntando se eles teriam dinheiro pra pagar. Era verão e eles estavam de short, camiseta, tênis e mochila. Comeram feito reis e pagaram a conta normalmente. Só à noite, antes de dormir, alguém fez as contas direito e descobriu que cada um pagou cerca de 200 reais no almoço.
    Será que o Elcio viu os preços direito?

    • Alessandro Paiva

      Ahahahahah! Alexandre, Viena não é uma cidade barata. Com uma certa procura, encontrávamos lugares mais em conta para comer. Agora que você disse isso, estou começando a desconfiar que o restaurante da prefeitura não deveria ser barato ou mesmo em conta. De qualquer forma, na próxima ida a Viena eu darei um jeito de conferir isso (se alguém não conferir antes :-)). Abraço e muitíssimo obrigado pelo prestígio ao blog. Comentários de blogueiros refinados como você só agregam, rsrsrs!

  6. Pingback: Viena simplesmente um espetáculo | Um Gaúcho e duas Prendas por ai

  7. Stéphanie

    Olá, Alessandro!! Que maravilha de post!!! Poderia passar a noite lendo…rs
    Eu sou suspeita para falar sobre Viena, fui em 2010 e sou uma eterna apaixonada =)
    Não andei tanto quanto vcs, mas fiquei encantada com tudo que vi.. É tudo lindo demais! E a qualidade de vida que se tem é algo que muito brasileiros não conseguem nem imaginar. Eu sou de Recife, cidade com grande potencial porém entregue às baratas =/ Foi um choque cultural muito grande quando voltei. Lembro que eu chorava no metrô do Recife me lembrando do metrô/transporte público de Viena, e me perguntava: ó Deus, por que voltei?? … kkkkkkkkkkkkk
    Eu passei cinco dias na cidade, estava hospedada beeem próxima às principais atrações. Depois fomos a uma cidade no interior da Áustria e seguimos para República Tcheca. Realmente, Praga é fantástica. Mas confesso que Viena é a menina dos meus olhos. Morro e vivo de vontade de voltar, foi por isso que achei seu blog, que vou sempre acompanhar pois amei seu jeito se escrever, me senti batendo pernas pela cidade novamente…rs Parabéns!!
    Tudo de bom e fique com Deus!

    • Alessandro Paiva

      Pôxa, Stéphanie! Muito obrigado 🙂 Também me sinto da mesma forma que você. Moro em BH e quase me desespero ao comparar as estruturas. Enfim, para isso serve o turismo, para nos inspirarmos nas coisas boas dos outros e para saber que temos coisas boas também, mesmo que sejam poucas ou bem pequenas.

      Abraço e ótima viagem sempre!

  8. mieko cawamura

    Oi, Alessandro. Aproveitei as suas dicas qdo turistei pela Espanha . E, novamente usarei o teus roteiros do Leste Europeu. Claro que não conseguirei fazer tudo o que vcs fizeram, faltarão pernas… Parabéns pelas fotos e pelos relatos que tanto nos ajudam.

    • Alessandro Paiva

      Fico contente em contribuir para suas viagens, Mieko! Obrigado pelo comentário e boa viagem sempre 🙂

  9. Nadja Mara Martins Barreto

    Oi Alessandro. Estou indo pela CVC em um pacote na Europa em Julho. E minha paixão é conhecer a Austria (acho que é pela Noviça Rebelde, ksksksks). Brincadeiras à parte. Adorei seu blog e estou escolhendo, através dele, quais os locais que realmente me interessam. Achei o Time Travel em Vienna espetacular. Com certeza irei visitá-lo. Mas estou querendo caminhar e não utilizar nenhum transporte. É viavel não é ? Aproveito para me exercitar……
    Obrigada pelas dicas.

    Nadja Mara – Rio de Janeiro.

    • Alessandro Paiva

      Maravilha, Nadja! Caminhando é tudo muito mais bacana, desde que as pernas estejam em boa forma, rsrs! Mas é verdade. Mesmo que caminhando se gasta mais tempo, é nesse momento que o turista tem o contato mais íntimo com a cidade e o povo. Eu adoro! E As atrações de Vienna são muito próximas umas das outras. Em alguns poucos momentos, você terá que pegar o metrô, mas, fora isso, é pura batida de perna. Os lugares que você terá que usar o metrô para conhecer são o Palácio Belvedere, o Palácio Schonbrunn, o parque de diversões Prates e o centro financeiro. Provavelmente estou esquecendo de algum ponto turístico, mas, no geral, andei bastante a pé. O centro histórico concentra a maioria das atrações, facilitando o deslocamento.

      Muito obrigado pelo comentário! Abraço e ótima viagem 🙂

  10. Clara

    Olá Alessandro, não posso deixar de te agradecer após ter usado vários posts seus para o planejamento da minha viagem à Europa no próximo mês! Li muitos blogs, mas o seu foi especial! Uma riqueza de detalhes sem ser maçante e com uma linguagem gostosa que dá vontade de ler mais e mais! Parabéns pela escrita leve, envolvente e bem humorada, além das lindas fotos! Te desejo muitas viagens e que você possa compartilhá-las sempre conosco!
    Obrigada!

    Clara

    • Alessandro Paiva

      Oi, Clara!

      Puxa, muito obrigado 🙂 Tenho recebido comentários bacanas como o seu, e isso só me motiva a escrever mais. Ainda estou devendo alguns post, hoje mesmo começo um sobre Veneza. Dá um pouco de trabalho, mas é bastante compensatório quando fico sabendo que contribuo para as férias dos meus leitores.

      Abraço e muitas viagens para você também 🙂

  11. Maria

    Olá Alessandro. Procurando dicas sobre Viena me apaixonei pela forma que você descreve!! exatamente como queria saber!
    Vou ficar apenas três dias, em agosto, quando imagino que o tempo estará melhor. Você acha que posso levar roupas leves? e você acha que em três dias dá p/ conhecer os pontos imperdíveis?
    Obrigada pelas dicas.. o mapa então!!!
    Bjos.

    • Alessandro Paiva

      Oi, Maria!

      Muitíssimo obrigado 🙂 Viena tem muita atração boa para ser visitada, mas três dias dão para ver bastante coisa. É só não gastar muito tempo nas atrações. Quanto às roupas, agosto é o mês mais quente do verão europeu. Leve roupas leves sim, óculos de sol, filtro solar etc.

      Abraço e ótima viagem! 🙂

  12. Oi, Alessandro! Dia 28 chego a Viena! Como fico só 3 dias, estava lendo outros blogs para montar o roteiro e estava até meio desanimada, aí voltei para o seu! Fotos lindas, texto bem explicado e envolvente. Obrigada por compartilhar. Cá entre nós, é uma pena que outros blogs sejam escolhidos para ser divulgados no maior blog brasileiro e o seu esteja de fora, com tantas qualidades. Quem perde é o leitor! Só um desabafo depois de comparar o post de Viena que foi escolhido e o seu…
    Abraços!

    • Alessandro Paiva

      Oi, Márcia! Agradeço demais suas visitas ao blog! Fico satisfeitíssimo por ter gostado do post sobre Viena, pois sua opinião é muito importante. Honestamente, não me importo com qualificações ou lista de melhores blogs. Acho bacana, mas, como não sou profissional, não vislumbro uma visibilidade do tipo. Faço apenas relatos descompromissados. Minhas dicas são simples, espontâneas, quase nada comercial. É meu diário, meu hobby, minha maneira de relembrar momentos espetaculares e tentar motivar as pessoas a provarem o que o mundo tem de melhor. E o que gosto mesmo é do retorno dos leitores – como você –, que me motivam a sentar por horas e escrever e tratar as fotos para postar aqui. Adoro isso, e não pretendo ganhar um centavo, senão vira serviço, rsrsrsr! A propósito, seu blog é espetacular, profissional, interativo, tem zilhões de seguidores etc. Ser reconhecido pelo Mulher Casada Viaja já é um prêmio e tanto! Falando nisso, ainda não atualizai a página : “Blogs de turismo” do Fui e Vou Voltar. Preciso incluir o seu. Hoje mesmo faço isso 🙂 Abraço e ótimas viagens e postagens!

  13. Pois é, Alessandro! Descompromissado, livre, leve e solto assim seu blog já é tão legal! Como eu disse, foi um desabafo – e sinto pelos leitores que não chegam até ele. Mas pode deixar que vou fazer minha parte. ehehee
    Ah, se você tivesse visto o post que foi “agraciado”, você também precisaria de um desabafo ahahaha.
    Abraços!

  14. Ytatiane

    Olá, boa tarde!!! Encontrarei umas amigas em Viena, porém elas não falam inglês, tampouco alemão, rsrsr… Você acha que é tranquilo elas conseguirem se virar ao menos até sair da alfandega

    • Alessandro Paiva

      Olá, Yatiane! Obrigado pela visita ao blog 🙂 Olha, não vejo dificuldades com alfândega. Além disso, os austríacos são extremamente educados. Se perceberam alguma dificuldade na comunicação, irão tentar resolver sem problemas, afinal, elas são turistas. Abraço!

  15. Sarah Linke

    Acabei parando aqui pelo Google procurando sobre turismo em Viena e posso dizer que adorei cada dica!! Li o post de cabo a rabo e estou já cortando os pulsos porque vou ficar apenas 4 dias!! Ao menos Bratislava ficarei dois!! Muito muito obrigada!!

    • Alessandro Paiva

      Oi, Sarah! Muitíssimo obrigado 🙂 Não se preocupe, 4 dias dá pra fazer muuuuita coisa! E que inveja, você vai ficar 2 dias em Bratislava?!?! Meu sonho 🙂 Uma ótima viagem, aproveite bastante!

  16. Sarah Linke

    Acho que um dia só em Bratislava é muito pouco né? Entao pretendo passar dois e depois ir a Praga (quando começar a planejar lá vou ler seu post tbm). Apenas uma questão, estive vendo que existe o Viena Pass, que você paga 84 euros e entra em diversos locais. Vocês chegaram a pensar em comprá-lo?? Neste caso, por que não o fizeram? Ou simplesmente não conheciam?

    • Alessandro Paiva

      Na verdade, eu não conhecia o Viena Pass, Sarah. Acontece que, muitas vezes, alteramos o roteiro, incluindo algumas atrações e excluindo outras. No final, provavelmente pagamos um pouco mais, mas não gostamos de ficar presos à obrigação de ter que fazer valer os euros investidos no cartão. Confesso que nunca comprei um passe, mas não vejo problema neles. Pelo contrário, são realmente úteis e econômicos.Enfim, acho que vale a pena sim, especialmente em Viena, que é cheia de museus, teatros etc.

  17. Marcos Aurélio P. Gomes

    Excelente a forma didática e divertida que você nos apresenta às atrações da(s) cidade(s) visitadas. Eu e minha esposa (dois jovens cariocas, na faixa dos 5x anos, que adoram bater pernas) estaremos em Viena de 22 a 27/4/2016 e usarei seu blog como base do meu roteiro de visitas.Tirarei um dia para visitar Bratislava (ainda a definir se de barco, trem ou ônibus, pois ficarei em hotel próximo a WienHauptbahnhof). Como não consigo visualizar o mapa ao fim do seu post (talvez por falha no meu navegador firefox), peço-lhe o favor de enviar o link para meu e-mail. Também visitarei Portugal, baseando-me em Lisboa e Porto de 27/4 a 7/5/2016 e agradeceria se pudesse me enviar os links dos mapas e marcações lá da Terrinha. E como não poderia deixar de ser, depois de viajar e ver como são, no mais das vezes, cuidadas as coisas e pessoas das cidades visitadas, irrito-me com o descaso das autoridades, em todos os níveis, com as coisas e gentes nesse nosso belo e caro para se viajar, Brasil. Desejo a você e companheiros saúde e condições, para continuarem a servir de farol a guiar a nós, que juntamos o pouco que podemos para fazermos nossas arribações por este mundo maravilhoso. Muito obrigado.

    • Alessandro Paiva

      Poxa, Marcos, muito obrigado! Gostei da analogia do farol, rsrsr! Não sou profissional de turismo, mas adoro falar de viagem. Este blog é um hobby que tenho já algum tempo. Não tem fins lucrativos, portanto faço porque gosto e porque quero que as pessoas tenham experiências tão boas ou melhores que as minhas. De fato, dá um certo trabalho mantê-lo atualizado (ou quase atualizado), nem sempre tenho ânimo suficiente para isso, mas comentários saudosos e bem escritos como o seu são um combustível e tanto.

      E assim como você, também me irrito com o descaso das autoridades, que criam uma aura fantástica em torno de algo que não é verdade. O Rio continua violento, o transporte das capitais brasileiras é muito deficiente e o nordeste, um dos polos turísticos mais fortes do país, carece de grandes investimentos e estratégias para promover o turismo. Temos lugares incríveis para serem visitados – que seriam uma fonte de renda para a população –, mas estamos há anos luz de termos uma estrutura decente e geradora de negócios para nós nativos. Também desejo a vocês saúde e prosperidade para baterem perna o quanto quiserem e onde quiserem!

      Quanto aos mapas, deixei de compartilhá-los porque estava havendo muita alteração de conteúdo por quem os acessava, então passei a divulgá-los no final dos posts, assim qualquer usuário pode salvá-los e utilizá-los de forma personalizada. Vou tentar enviar um link para seu e-mail. Se não der certo, me avise.

      Abraço e ótimas viagens!

  18. Marcos Aurélio P. Gomes

    Agradeço o envio. Vou aprender a usá-lo bem. Ganhastes mais um fã. Grande abraço.

  19. Lílie

    OLÁ!! Parabéns pelos relatos!! Eu e meu marido faremos o roteiro Budapeste – Viena – Praga a partir da próxima semana. passei por vários blogs e o que mais gostei foi o seu!

    • Alessandro Paiva

      Obrigado, Lílie! Fico feliz em poder ajudar. E que viagem bacana a suas, hem?! É o triângulo perfeito 🙂 Depois me contem de qual delas vocês mais gostaram. Abraço e ótima viagem 🙂

  20. Voltei pra contar que lembrei de você quando vi a “tubaína” na barraquinha perto da Catedral de S. Estevão. Mas eu fui de cerveja! 😉 Posso colocar um link deste post no meu post sobre Viena? Abraços!

    • Alessandro Paiva

      Ahaha! Adorei a experiência da tubaína, Márcia! Quanto ao link, seria uma honra! Abraço e muito obrigado 🙂

  21. Pingback: Roteiro de 3 dias em Viena – dia 3 no Belvedere – mulher casada viaja

    • Alessandro Paiva

      Muitíssimo obrigado 🙂 Vou ler com muuuita calma! Só de ver as fotos… Lindíssimas! Abraço!

  22. jacqueline santos

    Como é belo o seu roteiro. Vamos a Viena em poucos meses, eu e minha mãe, nós já com alguma idade e pouca destreza na internet. Imprimi seu roteiro, pois seu gosto se afina com o nosso. Você só colocou fotos dos lugares, nos honrando com a desnecessária presença humana. Mas foi muito importante vê-los (vocês dois) para conhecer quem vai fazer meu futuro muito mais fácil, pois vou seguir seu roteiro como mapa. Agradeço muito a vocês pelo belo passeio que fizeram e compartilharam comigo. jacqueline

    • Alessandro Paiva

      Oi, Jacqueline! Muito obrigado! Eu é que agradeço seu comentário gentil 🙂 Torço para que tudo corra perfeitamente na sua viagem. Se você gostou das fotos, saiba que Viena é bem mais bonita ao vivo. Desejo a vocês uma ótima viagem, e se tiver dúvidas, me escreva. Abraço!

  23. Judis grimberg

    Viajei junto !
    Você detalha e descreve tão bem cada momento da viagem que é impossível não viajar junto. Conheci Viena, um sonho que eu tinha a anos, mas que só foi possível realizar em 2013 junto com LISBOA, PRAGA e BUDAPEST, lamentavelmente fiquei 4 dias em Viena e passei um Sábado, domingo, e segunda- feira era feriado, o que ocasionou que vários lugares que fui visitar estavam fechados, se eu já tivesse em mãos todo seu roteiro com certeza teria conhecido mais. Nem tudo esta perdido! como você fui embora; com a determinação que,” FUI MAS VOU VOLTAR”,e isto com a “Proteção Divina” vai acontecer esta ano. Gostaria de acrescentar para sua próxima estadia em Viena se isto acontecer, uma paradinha na westbahnhof a estação de metrô que tem uma estatua de um menino com uma mala a história você vai saber clicando em NICHOLAS WINTON no YOUTUBE olhe o Episódio que a BBC fez em 1998 do ESTA É A SUA VIDA tendo êle como protagonista Inglês que organizou o resgate de 669 crianças Judias de Viena para Londres
    o restante você vai ficar sabendo vendo o vídeo. A estatua faz com que a gente se emocione e fique arrepiada! No mais o meu obrigado pelo roteiro que pretendo seguir, e se descobrir alguma novidade te conto na volta. Moro em Belo Horizonte. Abraço, Judis

    • Alessandro Paiva

      Judis, muuuuuito obrigado pelo comentário! 🙂 Antes de ler sua mensagem, eu estava conversando sobre o quanto são importantes essas peculiaridades de uma viajem. Nada de “roteiro romântico”, ou “Europa maravilhosa” e outros tipos de viagem só para arrancar dinheiro de turista. O bacana é podermos sair por aí e encontrar coisas que poucas pessoas percebem e se interessam/aprofundam, como é o caso da Westbanhof. Obrigado pela dica 🙂 Assistirei ao vídeo. Exatamente agora, estou na Bosnia, e impressionado com o país. É tanta referência e tanta história que não vejo a hora de começar meu relato. Vai demorar um pouco, mas não vai ser difícil “caprichar” no texto :-).

      Abraço e ótimas viagens!

  24. Judis grimberg

    Obrigado por me responder tão prontamente. A única coisa que fica para sempre e ninguém consegue tirar de nós são as belezas e detalhes e lembranças das viagens. Aproveite bem ! Abraço.

  25. Ana Arruda

    Olá Alessandro 🙂 Eu e a minha irmã fomos agora na última semana de Abril conhecer Viena e levámos o seu fabuloso roteiro na nossa mala de viagem. Sem dúvida uma preciosa ajuda porque nos permitiu descobrir encantos que nos seriam impossível conhecer.
    Obrigada pela sua sensibilidade e disponibilidade na partilha de roteiros para com quem gosta de viajar.
    A sua visão sobre a beleza arquitetônica desta imponente cidade, aguçou ainda mais a nossa vontade de ir descobrir o que os olhos do Alessandro descreve com tanta emoção.
    O nosso muito obrigada pela sua partilha e ajuda.
    A seguir iremos percorrer os seus passos por Budapeste 🙂
    Gratas,
    Ana e Romy
    Lisboa

    • Alessandro Paiva

      Pôxa, Meninas! Muitíssimo obrigado pelas belas palavras 🙂 Engraçado que, esses dias, reli o post de Viena e achei que faltou mais coisa. Faltou, na verdade, mas sensibilidade minha nos dias em que escrevi o relato. Enfim, já tá escrito. Agora deixo com vocês a tarefa de se encantar com cada canto do mundo 🙂

      Tomara que meu relato de Budapeste seja útil para vocês. Não deixem de ir ao Hospital in the Rock e aos banhos termais (acho que o Széchenyi é o melhor). A cidade é um charme, com um exotismo que nem todos os países da Europa Oriental têm.

      Abraço e ótimas viagens hoje e sempre 🙂

  26. Alessandro, vou ser repetitiva, mas não encontro outra adjetivo: relato maravilhoso! Pensei que já tivesse um esboço de roteiro prontinho para visitar Viena, mas o seu roteiro é MUITO melhor! Muito obrigada por dividir suas experiências conosco!

    • Alessandro Paiva

      Oi, Karla! Muuuuito obrigado 🙂 Viena tem tanta coisa pra se fazer que roteiro nenhum será mais ou menos. Tenho certeza que seus planos pela capital da Áustria estão afinadíssimos 🙂 Desejo-lhe uma ótima viagem!

  27. Izabel

    Olá Alessandro,sempre que planejo uma viagem passeio pelo seu blog.Vc é fenomenal na construção e desconstrução das cidades…rsrs, mas nesse relato vc se superou. Ri horrores,mas ri tanto que cheguei a fotografar certas passagens e mandar por whatsApp para minha irmã. Estarei em Viena em julho e já peguei todas as suas dicas.Vc tem um estilo de viagem bem parecido com o meu – tirando as passagens diárias pelas cervejarias…rsrs .

    • Alessandro Paiva

      Ah, muito obrigado, Izabel 😀 !!

      Pelo que eu saiba, nunca tive trechos dos textos fotografados, rsrsrs! Volte sempre ao blog. Está meio desatualizado, mas assim que eu arrumar um tempinho, retomo os relatos. Vem aí posts sobre Vilnius (Lituânia), Riga (Letônia), Tallinn (Estônia), Dubrovnik (Croácia), duas cidades da Bósnia (não vejo a hora de contar sobre essa viagem!), Montenegro, Belgrado e Malta. Pois é, tenho muito o que escrever, rsrsrs!

      Abraço e ótima viagem para vocês!

  28. Julia Sizinando Rossi

    OI, Alessandro. Tudo bem?
    Post incrível, como todos do seu blog! Só fiquei com duas dúvidas…
    – a biblioteca fica junto com os outros prédios do Complexo de Hofburg, como o museu da Sissi?
    – A visita a biblioteca é duradoura ou é pequeno o lugar? Permitem tirar fotos?

    Obrigada desde já!

    • Alessandro Paiva

      Oi, Julia! Muito obrigado 🙂

      Isso mesmo, a biblioteca, o palácio, o museu da Sisi ficam todos no miolo do Hofburg, mas os ingressos são diferentes. O bilhete que dá acesso ao Museu da Sisi dá direito a outras partes do Hofbutg, exceto à biblioteca. Ela é grande, mas a visita é rápida. Acho que não fiquei mais que 15 minutos lá dentro. Caso você se interesse, há uma visita guiada, mas não sei a duração do passeio. Confira isso em http://www.onb.ac.at/ (site da biblioteca). Na época, era permitido tirar fotos. Não sei se hoje pode. Provavelmente sim.

      Abraço e ótima viagem 🙂

  29. Cristiano

    Parabéns pelo post, vai ajudar muito!

  30. Meire Francisco

    Parabéns pelo post…maravilhoso. Estive em Viena agora em setembro mas , infelizmente , deixei de ver muita coisa….tivesse lido teu post antes!!!!! Mas já estou pensando em voltar e completar minha visita. Agora, aquele elevador e andaimes horríveis continuam enfeiando a Igreja de São Carlos.

    • Alessandro Paiva

      Oi, Meire!!! Muito obrigado! É assim mesmo que funciona: a gente não vê tudo e usa isso como desculpa pra voltar, rsrs! E tomara que os andaimes não estejam lá 🙂 Abraço e ótimas viagens pra vc!

  31. Ótimo relato, super completo! Estava quebrando a cabeça para fazer um roteiro para minha mãe até que encontrei seu blog! Parabéns!

  32. Pingback: Roteiro de 3 dias em Viena - dia 3 no Belvedere - Mulher Casada Viaja

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